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JC Logística

- Publicada em 19 de Outubro de 2017 às 22:12

Para o MP, Ciclovia Tim Maia não pode reabrir

Diagnóstico do Crea apontou falhas construtivas no projeto; procuradores exigem análise mais detalhada

Diagnóstico do Crea apontou falhas construtivas no projeto; procuradores exigem análise mais detalhada


/FERNANDO FRAZ/ABR/JC
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) é contrário à reabertura da Ciclovia Tim Maia, na zona Sul da capital fluminense, onde uma parte da estrutura desabou, em abril de 2016, matando duas pessoas. Segundo relatório do Grupo de Apoio Técnico do MP-RJ, "as obras realizadas pelo consórcio responsável pela ciclovia não são suficientes para garantir um mínimo de segurança, não tendo sido sequer precedidas dos necessários estudos hidrológicos".
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) é contrário à reabertura da Ciclovia Tim Maia, na zona Sul da capital fluminense, onde uma parte da estrutura desabou, em abril de 2016, matando duas pessoas. Segundo relatório do Grupo de Apoio Técnico do MP-RJ, "as obras realizadas pelo consórcio responsável pela ciclovia não são suficientes para garantir um mínimo de segurança, não tendo sido sequer precedidas dos necessários estudos hidrológicos".
O grupo realizou vistoria e constatou que ainda há diversos pontos de corrosão e falhas na estrutura da ciclovia. "Faz-se imprescindível, pois, a continuação do estudo do impacto das ondas, realizado para a região do sinistro, em toda zona costeira entre a Praia do Pepino até o Viaduto Rei Alberto - Gruta da Imprensa", alerta o documento encaminhado à 9ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro.
A vistoria identificou relevo rochoso similar ao do local onde ocorreu o desabamento. De acordo com o documento, a tragédia poderia se repetir, diante da não realização dos estudos hidrológicos necessários, da corrosão e do mau estado das estruturas de suporte da ciclovia. Os estudos hidrológicos são indispensáveis à segurança segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), que realizou análises preliminares para a prefeitura do Rio de Janeiro.
O INPH disse que a continuidade do diagnóstico, com dados de batimetria (que mede a profundidade dos oceanos, rios e lagos) e de ondas, demandaria custos que não foram arcados pelo Rio, o que inviabilizou a realização de estudo. Nos autos do processo, a prefeitura e o consórcio Contemat-Concrejato, responsável pela construção da ciclovia, fizeram impugnações ao laudo de vistoria realizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea).
A 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro fez na segunda-feira a primeira audiência do processo sobre a queda da ciclovia. Os 16 réus respondem por dois homicídios culposos (sem intenção de matar). Foram intimadas para esta audiência sete testemunhas de acusação e 76 de defesa, mas foram ouvidas apenas duas testemunhas de acusação. Como as demais testemunhas de acusação faltaram, as de defesa foram dispensadas, pois só poderão ser ouvidas após o fim da fase acusatória.
 
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