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JC Logística

- Publicada em 10 de Outubro de 2017 às 21:24

Crimes de trânsito, na maior parte das vezes, ficam impunes

Estatística mostra que maioria das ocorrências envolve consumo de bebidas

Estatística mostra que maioria das ocorrências envolve consumo de bebidas


/JONATHAN HECKLER/JC
Quando viu na semana passada a notícia da morte de três pessoas atropeladas por uma motorista alcoolizada, com a carteira de habilitação suspensa e que admitiu estar falando ao celular na hora do acidente, a fisioterapeuta Renata Magalhães, 43 anos, caiu em prantos. Ela não conhecia as vítimas do acidente, mas eclodiu ali um misto de sentimentos. Renata perdeu o filho Lucas Magalhães, 16 anos, também atropelado, em julho do ano passado. Além da dor, a fisioterapeuta passou a lidar com a angústia provocada pela impunidade.
Quando viu na semana passada a notícia da morte de três pessoas atropeladas por uma motorista alcoolizada, com a carteira de habilitação suspensa e que admitiu estar falando ao celular na hora do acidente, a fisioterapeuta Renata Magalhães, 43 anos, caiu em prantos. Ela não conhecia as vítimas do acidente, mas eclodiu ali um misto de sentimentos. Renata perdeu o filho Lucas Magalhães, 16 anos, também atropelado, em julho do ano passado. Além da dor, a fisioterapeuta passou a lidar com a angústia provocada pela impunidade.
Há anos, a Justiça tem dificuldade de punir os culpados de forma exemplar. São muitos os casos de pessoas responsáveis por mortes no trânsito que se livram da acusação de homicídio prestando serviços comunitários, pagando cestas básicas ou se apoiando em processos que se arrastam por anos. Não é incomum a Justiça até perder o assassino de vista porque há quem mude de endereço sem revelar seu paradeiro.
Levantamento realizado pelo Globo em alguns dos acidentes de maior comoção no País aponta que as ações nas Justiça seguem abertas como as feridas dos parentes das vítimas. É o caso de Renata, cujo filho morreu atropelado a caminho da escola em julho de 2016. O motorista era Rodrigo Monteiro Sze, de 21 anos, filho da superintendente do Detran-SP, voltava de uma balada e admitiu que dirigia a 80km/h em uma via de 40km/h. Sze foi preso, mas solto após pagar a multa de R$ 132 mil.
Números do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito mostram que a maior parte dos acidentes com mortes ocorre quando há maior incidência de consumo de bebida. Dos 3.743 óbitos no trânsito ocorrido entre janeiro a agosto em São Paulo, 55% foram registrados entre 18h e 6h. E 48,5%, de sexta-feira à noite até a madrugada de segunda-feira. Criador do movimento "Não foi Acidente", Nilton Gurman critica que as mortes no trânsito provocadas pelo consumo de álcool não sejam encaradas como homicídio doloso - ou seja, com intenção de matar.
 
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