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Mobilidade

- Publicada em 05 de Outubro de 2017 às 21:52

Para o Dnit, 70% das rodovias federais estão em bom estado

Levantamento é resultado de vistoria quilômetro por quilômetro

Levantamento é resultado de vistoria quilômetro por quilômetro


/MARCELLO CASAL JR /ABR/JC
Quase 70% das rodovias federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estão em "bom estado" de manutenção. A afirmação é da própria autarquia, vinculada ao Ministério dos Transportes. O levantamento foi realizado com base nos 52 mil quilômetros de rodovias federais pavimentadas administradas pelo Dnit. O dado não inclui as rodovias federais que foram concedidas à iniciativa privada.
Quase 70% das rodovias federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estão em "bom estado" de manutenção. A afirmação é da própria autarquia, vinculada ao Ministério dos Transportes. O levantamento foi realizado com base nos 52 mil quilômetros de rodovias federais pavimentadas administradas pelo Dnit. O dado não inclui as rodovias federais que foram concedidas à iniciativa privada.
O Índice de Condição da Manutenção (ICM), criado pelo órgão federal, aponta que 20,6% das rodovias federais estão em estado regular, 6,9% estão em estado ruim e 5,0% em estado péssimo. Segundo o Dnit, a partir de 2018, o índice que mede as condições da estradas deverá ser atualizado mensalmente.
Pela metodologia, os levantamentos são realizados quilômetro por quilômetro. O Dnit informou que percorreu cada rodovia a uma velocidade de 60 km/hora. As rodovias em pista simples são avaliadas somente em um sentido, considerando as duas faixas. As rodovias em pista dupla são avaliadas de forma independente para cada sentido de tráfego.
Os critérios para avaliação do pavimento levam em consideração a ocorrência e frequência de defeitos no pavimento. Já os critérios para avaliação da conservação levam em consideração a situação da roçada (altura da vegetação), da drenagem (dispositivos superficiais) e da sinalização (elementos verticais e horizontais). Detalhes do levantamento podem ser conferidos na internet (http://www.dnit.gov.br/icm/condicao_da_malha-icm_brasil.pdf).
No ano passado,a pesquisa de rodovias da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que, dos 103.259 quilômetros analisados, 58,2% apresentam algum tipo de problema no estado geral, cuja avaliação considera as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via.
Em relação ao pavimento, 48,3% dos trechos avaliados receberam classificação regular, ruim ou péssima. Na sinalização, 51,7% das rodovias apresentaram algum tipo de deficiência. Na variável geometria da via, foram constadas falhas em 77,9% da extensão pesquisada. O estudo abrange toda a extensão da malha pavimentada federal e as principais rodovias estaduais pavimentadas.
A má qualidade das rodovias, segundo a CNT, é reflexo de um histórico de baixos investimentos. Em 2015, o investimento federal em infraestrutura de transporte em todos os modais foi de apenas 0,19% do PIB). O valor investido em rodovias (R$ 5,95 bilhões) foi quase a metade do que o País gastou com acidentes apenas na malha federal (R$ 11,15 bilhões) em 2015. Já em 2016, até setembro, dos R$ 6,55 bilhões autorizados para investimento em infraestrutura rodoviária,
R$ 6,34 bilhões foram pagos.

Aplicativo Uber começa o mapeamento das cidades

A partir deste mês, brasileiros começarão a ver carros da Uber com visual futurista nas ruas. Com câmeras e radares no teto, lembram até os modelos dos projetos de carros autônomos tocados pela empresa de transporte nos EUA. Mas, na verdade, terão uma missão diferente: mapear melhor as cidades brasileiras. O trabalho começará por Rio e São Paulo, mas a ideia é expandir o projeto para o Brasil inteiro.
O objetivo é fornecer informações mais detalhadas, que permitirão que os motoristas saibam exatamente onde os passageiros estão e recebam mais informações sobre as vias. A decisão de investir na América Latina - a empresa não revela valores - é proporcional à importância que a região tem para o negócio da Uber.
Segundo a empresa, Cidade do México, São Paulo e Rio são seus três maiores mercados no mundo em volume de passageiros. As três cidades têm, respectivamente, 2 milhões, 1,3 milhão e 900 mil passageiros ativos - que usam o serviço pelo menos uma vez por semana. Somadas, elas têm população urbana de cerca de 60 milhões de pessoas.
Hoje, oito países já foram mapeados: EUA, Canadá, México, Reino Unido, França, África do Sul, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia. O mais recente foi o México, em junho de 2017. O processo - focado somente nas áreas urbanas - levou cerca de um ano, aproximadamente o prazo que a empresa espera cumprir no Brasil.
O projeto não deve substituir dados obtidos junto a Google e TomTom, principais fornecedores de mapas da empresa. A ideia é aperfeiçoar as informações para tornar o serviço mais o serviço mais ágil, por exemplo, em shoppings e grandes eventos. "Um motorista recebe a informação: seu passageiro está aguardando no Maracanã. Isso é praticamente inútil para ele", explica Erik Weber, gerente sênior para planejamento e política do grupo de operações de mapeamento da Uber.
A empresa já fornece algumas informações desse tipo. Mas, para isso, é preciso que os dados sejam incluídos no aplicativo manualmente. No aeroporto do Galeão, por exemplo, já é possível especificar em qual porta e qual terminal o passageiro está. O mesmo também ocorre em alguns shoppings da cidade. A tecnologia automatizaria essa leitura inteligente de placas e informações mais detalhadas das ruas.
O mapeamento deve ser feito por 20 a 25 carros equipados com quatro câmeras de alta qualidade, que podem, ainda, usar uma espécie de radar a laser, para identificar placas nas ruas com mais clareza. Até dados como pistas reversíveis ou o rodízio de placas em São Paulo devem ser levados em consideração. O mapeamento, no entanto, ainda não fornecerá dados suficientes para sustentar uma experiência de carros autônomos, considerada a principal fronteira tecnológica da empresa. A empresa garante, porém, que a América Latina certamente receberá o projeto em algum momento. A Uber não está sozinha nesta iniciativa: gigantes como Google, Tesla e GM também investem na tecnologia.