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Política

- Publicada em 25 de Setembro de 2017 às 16:38

Sindicatos cogitam convocar greve no RS em função de mudança no pagamento da folha

Ato do próximo dia 29 pode ser estopim para paralisação geral do funcionalismo

Ato do próximo dia 29 pode ser estopim para paralisação geral do funcionalismo


FREDY VIEIRA/ARQUIVO/JC
Paulo Egídio
Após o anúncio do governador José Ivo Sartori, realizado na manhã desta segunda-feira (25), de que a folha salarial do Estado será paga de forma a priorizar quem ganha menos, os sindicatos que representam os servidores do Rio Grande do Sul anunciaram que podem entrar em greve a partir da próxima semana.
Após o anúncio do governador José Ivo Sartori, realizado na manhã desta segunda-feira (25), de que a folha salarial do Estado será paga de forma a priorizar quem ganha menos, os sindicatos que representam os servidores do Rio Grande do Sul anunciaram que podem entrar em greve a partir da próxima semana.
Na sexta-feira (29), os sindicatos realizarão um ato unificado de mobilização no Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre. Para a data, várias entidades sindicais convocam assembleias gerais. A sexta-feira será o último dia útil do mês, data em que o Estado deve iniciar o pagamento da folha. De acordo com os valores depositados, os servidores dizem que podem convocar uma greve geral, o que pode afetar diversos setores do serviço público.
Dirigentes sindicais não garantem taxativamente que a paralisação será realizada, mas ponderam que a possibilidade é cogitada. Para o diretor-presidente do Sindicato dos Técnicos-Científicos do Rio Grande do Sul (Sintergs), Nelcir Varnier, o pronunciamento feito pelo governador é uma “chantagem” à população e à Assembleia Legislativa, para a aprovação do pacote de renegociação da dívida com a União.
Segundo ele, a priorização do pagamento dos que ganham menos é uma estratégia do governo para driblar a liminar da Fessergs, que impede corte de ponto em caso de falta ao trabalho enquanto o servidor não receber seus vencimentos. O Sintergs realizará sua assembleia geral na sexta-feira (29) e deve participar da mobilização prevista para a data. “Está sim em pauta a convocação de uma greve, para paralisar todos os serviços”, adverte.
De acordo com a Ugeirm/Sindicato, que representa os agentes da polícia civil, o anúncio do governo do Estado preocupa, pois não há uma definição de um teto de salários que será integralizado. “Nós sempre defendemos um calendário para a integralização, e o governador poderia ter anunciado quais os salários que serão pagos antes”, declara o presidente Isaac Ortiz.
Sobre a possibilidade de uma grave, Ortiz é enigmático: “Tudo é possível”, declara, justificando o que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a paralisação dos trabalhadores da segurança. “O Supremo decidiu que o Judiciário deve ser o mediador nesses casos, e estamos dispostos a abrir esse flanco de luta e cobrar uma posição do Judiciário”, diz o presidente, confirmando que a Ugeirm também participará do ato no próximo dia 29.
Já em greve desde o dia 5, o Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato) indica que deve manter a postura. “O governo não esclareceu muita coisa, não definiu quais serão os salários mais baixos. Nossa postura continua igual”, afirma a presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer. Ela também diz que o ato marcado para a próxima sexta-feira (29) pode ser o estopim para uma greve geral. “Diversas categorias vão se mobilizar, e há risco de paralisação dos serviços do Estado”, alerta.
A professora afirma ainda que os próximos movimentos da categoria serão definidos de acordo com os valores depositados aos servidores na sexta-feira. “Se o governo tem intenção de pagar nosso salário integral, já deveria nos chamar para trabalharmos um acordo. Do contrário, mantemos nossa posição”, declara.
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