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Política

- Publicada em 19 de Setembro de 2017 às 10:30

Ministro pede explicação a Exército sobre general que defendeu intervenção militar

Mourão foi afastado do Comando Militar do Sul em 2015 e colocado em área burocrática

Mourão foi afastado do Comando Militar do Sul em 2015 e colocado em área burocrática


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), pediu explicações ao comandante do Exército sobre a fala de um general da ativa sugerindo que pode haver intervenção militar caso o Judiciário não consiga resolver "o problema político" - uma referência à grande quantidade de casos de corrupção em apuração no País.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), pediu explicações ao comandante do Exército sobre a fala de um general da ativa sugerindo que pode haver intervenção militar caso o Judiciário não consiga resolver "o problema político" - uma referência à grande quantidade de casos de corrupção em apuração no País.
Em nota, o ministro fala que foram discutidas "medidas cabíveis a serem tomadas" em relação ao general Antonio Hamilton Mourão, secretário de Finanças do Exército, e que já chefiou o Comando Militar do Sul (CMS), com sede em Porto Alegre. A nota não diz se algo será feito, mas teoricamente ele precisaria de autorização do comando da Força para falar sobre temas políticos ou partidários.
O comandante da Força, Eduardo Villas Bôas, não fez comentários. Cabe a Villas Bôas decidir o que fazer no caso. "Reitera o ministro da Defesa que as Forças Armadas estão plenamente subordinadas aos princípios constitucionais e democráticos. Há um clima de absoluta tranquilidade e observância aos princípios de disciplina e hierarquia", diz a nota.
Em palestra numa loja maçônica de Brasília na sexta-feira, Mourão respondeu a uma pergunta sobre a eventualidade de uma intervenção militar. Disse que os militares poderão ter de "impor isso" e que essa "imposição não será fácil".
O Planalto considerou a frase de Mourão desastrosa, mas havia a preocupação de não ampliar sua repercussão. Na avaliação do governo federal, o episódio foi isolado e o general, reincidente nas polêmicas.
Em 2015, ele perdeu o cargo de comandante da região Sul após ter criticado políticos. Além disso, um quartel sob sua jurisdição prestou uma homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que chefiou o DOI-Codi, centro de detenção e tortura do regime militar. Mourão acabou transferido para Brasília, colocado em um cargo burocrático, e irá à reserva em março. A reportagem não conseguiu falar com ele.
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