Quatro dos sete acusados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de integrarem o "quadrilhão" do PMDB - supostamente liderado pelo presidente da República, Michel Temer - já estão atrás das grades. São eles: os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (pela segunda vez) e o ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures, o "homem da mala da JBS".
Houve um tempo em que os quatro desfrutaram de poder e prestígio político em Brasília, até que, ao longo do último ano, foram tirados de circulação pela Polícia Federal no bojo de operações distintas, todas deflagradas para combater corrupção e lavagem de dinheiro - Lava Jato, Manus, Pátmos e Tesouro Perdido.
Na denúncia que levou ao Supremo Tribunal Federal, na quinta-feira passada, contra Temer e seus aliados históricos, Janot afirma que a liderança do "quadrilhão" era exercida pelo presidente. Também fazem parte do grupo, segundo a acusação, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República).