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Justiça

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 16:19

Para Fux, há indícios de obstrução de Maggi

Supremo permitiu ação da Polícia Federal em endereços de Maggi

Supremo permitiu ação da Polícia Federal em endereços de Maggi


JONATHAN HECKLER/ JONATHAN HECKLER/JC
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que há "veementes indícios" de que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), além de outras cinco pessoas tenham cometido crime de obstrução de Justiça em diversos fatos ocorridos entre 2014 e 2017. A informação consta de decisão em que Fux que autorizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Blairo Maggi, cumpridos nesta quinta-feira.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que há "veementes indícios" de que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), além de outras cinco pessoas tenham cometido crime de obstrução de Justiça em diversos fatos ocorridos entre 2014 e 2017. A informação consta de decisão em que Fux que autorizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Blairo Maggi, cumpridos nesta quinta-feira.
O ministro Fux afirma que, na análise de depoimentos e documentos fornecidos a partir da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cesar Correa Araújo, "são veementes os indícios quanto ao cometimento do crime de obstrução de investigação de crimes de organização criminosa por parte de Blairo Borges Maggi, José Aparecido dos Santos, Gustavo Adolfo Capilé de Oliveira, Marcelo Avalone, Carlos Avalone Júnior e Carlos Eduardo Avalone".
Na decisão, Fux relata três fatos apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que embasam o pedido de busca e apreensão devido a suspeitas de obstrução de Justiça.
O primeiro remete a 2013, depois da deflagração da Operação Ararath. Na ocasião, pessoas ligadas a Maggi teriam agido em nome dele para "unificar as linhas de defesa", o que ocasionou na contratação do mesmo advogado por um grupo de investigados.
O segundo fato abrange alegações de delatores sobre uma suposta tentativa de Maggi de comprar, por R$ 6 milhões, o silêncio de investigados da Ararath em 2014.
"O terceiro e último fato narrado pelo procurador-geral da República, em apoio ao pedido de busca e apreensão, reside na atuação, em tese, de oferecimento de vantagem indevida a Silval Barbosa, em seguida à prisão deste no Centro de Custódia da Capital (Cuiabá-MT), no âmbito da operação Ararath, e das subsequentes tratativas noticiadas de que seria por ele assinado acordo de colaboração com o Ministério Público Federal", escreveu Fux.
 

'Jamais usei meios ilícitos', diz Maggi sobre operação da PF

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), divulgou nota nesta quinta-feira afirmando jamais ter utilizado de "meios ilícitos" em sua vida pública e em suas empresas. Ele foi alvo de busca e apreensão na Operação Malebolge da Polícia Federal. A operação foi autorizada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Maggi é investigado por obstrução de Justiça.
"Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional", diz trecho da nota.
Maggi diz ainda nunca ter agido ou autorizado alguém a agir em seu nome para obstruir a Justiça.
 "Nunca houve ação para agir de forma ilícita dentro das ações de governo ou para obstruir a Justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja 'mudanças de versões' em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade", afirma o ministro.