Menos inflação, maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), superávit comercial recorde, estas são as boas notícias do Brasil neste final de setembro. Em meio a tanto negativismo, o País tem recebido alguns dados econômico-financeiros que estimulam a esperança em dias melhores.
Claro, a recuperação econômica, com a consequente geração dos milhões de empregos que tanto necessitamos, não virá de uma hora para outra. Mas há, sim, um movimento positivo, e os juros têm previsão de cair para 7% no final de 2017, eles que estão hoje em 8,25% ao ano.
O País tinha cerca de 5,1 milhões de empresas e outras organizações formais cadastradas e ativas no ano de 2015, um aumento de 0,2%, ou 11,6 mil a mais que no ano anterior. No entanto, o total de empregados diminuiu pela primeira vez, enquanto os salários pagos também encolheram, segundo os dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mas há sinais positivos neste ano. Ao governo, em meio à penúria financeira atual, cabe encontrar meios de investir na infraestrutura. Assim, resolveria algumas dificuldades e geraria milhares de empregos de Norte a Sul do Brasil, o que é o mais importante. Pessoas empregadas têm autoestima e encaram os problemas naturais da vida com mais serenidade.
É repetitivo se afirmar essa obviedade, mas fora da educação desde a infância e, hoje, com cursos técnicos que acompanhem as novas tecnologias, será muito difícil alcançarmos uma retomada plena da economia. Ou, então, continuaremos melhorando a situação, porém alguns degraus abaixo de outras nações. O importante é que essa recuperação econômica, mesmo sendo gradual, mostra que a equipe econômica tem agido de maneira correta. Líderes empresariais gizaram que a economia dá mostras de que se descolou da crise política, o que é muito bom.
E é exatamente isso que se deseja, pulso firme na condução socioeconômica. Investimentos, concessões, obras em infraestrutura, mais moradias populares, incentivo ao ensino, e mantendo tudo o que está dando retorno.
O País tem que queimar etapas em busca do tempo perdido, e isso não é de agora nem dos últimos anos. Essa crise política não pode, não deve e não vai parar o País. Que a Câmara Federal faça o seu trabalho sobre denúncias que recebeu, e que o Supremo Tribunal Federal, se for o caso, dê o seu veredito final sobre o presidente Michel Temer (PMDB). Tudo dentro do que manda a Constituição Federal.
No caso do Rio Grande do Sul, não se pode entrar em mais um ano, o último do atual governo, sem que a Assembleia Legislativa vote o que o Piratini quer, em termos de recuperação fiscal. Aprove ou não, mas vote. Só assim será possível a busca de outras alternativas - se é que existem ou são viáveis - para que se consiga sair da debacle financeira em que estamos há quase três anos. Dela, a ponta mais visível e triste é o parcelamento dos vencimentos do funcionalismo, situação para a qual, mês após mês, se repete sem que seja colocada saída para a agrura.
Se o panorama econômico for melhor e se confirmar nos meses que faltam para terminar o ano, com certeza, haverá reflexos bons também para a economia.
Gente empregada representa mais consumo, pagamento de contas dentro dos prazos, recolhimento de impostos, tudo fazendo girar a roda do progresso. É isso que se almeja. Enfim, os dados já são melhores. O pior pode ter passado.