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Opinião

- Publicada em 07 de Setembro de 2017 às 16:28

A banalização da violência contra a mulher

Um episódio recente ocorrido em São Paulo simboliza a banalização da violência contra a mulher existente no País. Um homem com mais de uma dúzia de denúncias e flagrantes pelo crime de assédio - que é uma violência tão cruel quanto a física - seguia solto com o aval da lei. Mesmo com a vigência da Lei Maria da Penha, que comemorou recentemente 11 anos, temos muito a evoluir. Pesquisa recente feita pelo Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança, indica que uma em cada três mulheres sofreu algum tipo de violência no último ano. Só de agressões físicas, o número é alarmante: 503 mulheres são vítimas de violência no Brasil a cada hora.
Um episódio recente ocorrido em São Paulo simboliza a banalização da violência contra a mulher existente no País. Um homem com mais de uma dúzia de denúncias e flagrantes pelo crime de assédio - que é uma violência tão cruel quanto a física - seguia solto com o aval da lei. Mesmo com a vigência da Lei Maria da Penha, que comemorou recentemente 11 anos, temos muito a evoluir. Pesquisa recente feita pelo Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança, indica que uma em cada três mulheres sofreu algum tipo de violência no último ano. Só de agressões físicas, o número é alarmante: 503 mulheres são vítimas de violência no Brasil a cada hora.
O mesmo estudo informa que 22% das brasileiras sofreram algum tipo de ofensa verbal em 2016. E 10% das mulheres foram agredidas fisicamente, sendo que 8% de todas mulheres do País foram vítimas de ofensa sexual. O curioso da pesquisa é que mais da metade, 52% das vítimas, se calou, dando espaço para a continuidade da violência. Os números, infelizmente, são o retrato da cultura da violência contra as mulheres no Brasil. Avançamos alguma coisa, mas ainda temos muito o que melhorar. O caso do assediador de São Paulo é simbólico. Apesar das leis, faltam critérios mais rigorosos das autoridades para lidar com o problema. E essa mudança de atitude e de tratamento começa na sua casa, no seu trabalho e na sua família. Enquanto houver desrespeito, detrimento, preconceito e qualquer outra diferença de gênero, vamos estar alimentando uma herança cultural em que a mulher era submissa ao homem e a ele pertencia. Precisamos dar fim a este triste retrato da sociedade brasileira. Precisamos ser vigilantes e propagadores da igualdade e respeito com a mulher. Somente a partir disso poderemos ter uma sociedade mais justa para todos.
Deputado estadual (PCdoB)
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