Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Estados Unidos

- Publicada em 18 de Setembro de 2017 às 15:41

Para Trump, investimentos na ONU não vêm dando resultados

Nikki Haley apresentou Trump como alguém acostumado com mudanças

Nikki Haley apresentou Trump como alguém acostumado com mudanças


/TIMOTHY A. CLARY/AFP/JC
Um Donald Trump mais comedido fez sua pré-estreia nas Nações Unidas. Na véspera de seu discurso na Assembleia Geral, marcado para a manhã desta terça-feira, o presidente norte-americano defendeu, em Nova Iorque, uma extensa reforma do órgão internacional ao lado da embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, e do secretário-geral da organização, António Guterres.
Um Donald Trump mais comedido fez sua pré-estreia nas Nações Unidas. Na véspera de seu discurso na Assembleia Geral, marcado para a manhã desta terça-feira, o presidente norte-americano defendeu, em Nova Iorque, uma extensa reforma do órgão internacional ao lado da embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, e do secretário-geral da organização, António Guterres.
Lendo seu discurso, Trump, que, antes de tomar posse, chamou as Nações Unidas de "clube para jogar conversa fora", disse que o órgão "não atingiu seu potencial pleno por causa da burocracia" e pediu cortes no orçamento - os EUA bancam quase um quarto dos US$ 5,4 bilhões da verba anual da ONU -, dizendo que "nenhum Estado-membro deve arcar com uma parte desproporcional dos custos militares ou financeiros".
O assunto era ONU, mas Trump não deixou de temperar sua fala com um dedo de propaganda, ao lembrar que construiu uma de suas torres residenciais de luxo em Manhattan, em frente à sede do órgão, por "ter visto potencial bem ali do outro lado da rua".
Mas o "investimento" dos países-membros nas Nações Unidas, nas palavras do presidente, não vem dando "resultados" - ele lembrou que, nos últimos anos, o orçamento do órgão aumentou 140% e o número de servidores mais do que dobrou.
Nesse ponto, Trump sugeriu aplicar métodos empresariais à gestão de missões de paz, com "metas e parâmetros para mostrar o valor dos esforços", algo que, para ele, levaria a um retorno da "confiança do mundo" no órgão.
Em contraste com sua caça a membros de seu gabinete e funcionários da Casa Branca que vazam informações à imprensa, Trump defendeu na ONU que o organismo continue a lutar pela paz protegendo delatores e informantes no mundo todo. Também lembrou que uma das missões do órgão é "proteger e empoderar meninas e mulheres", em um raro aceno à agenda feminista.
Já Nikki Haley, uma das vozes de maior destaque no gabinete de Trump, abriu o encontro apresentando o presidente como alguém acostumado com mudanças e disse que os EUA vão fazer de tudo para que todos os 193 países-membros assinem o pedido de reforma do órgão.
"Há, ainda, uns 70 países que não assinaram, e nossa meta é convencer todas as delegações", disse. "Não queremos uma ONU mais cara ou mais barata, menor ou maior, e sim melhor."

Protesto por absolvição de policial já levou 80 à prisão

Mais de 80 pessoas foram presas domingo em St. Louis, no Missouri, durante o terceiro dia consecutivo de protestos contra a absolvição de um policial que matou um jovem negro. Assim como nos dois dias anteriores, os protestos terminaram em depredação e confronto.
Tropas de choque usaram spray de pimenta para conter e dispersar manifestantes, que atiravam objetos nos policiais. Manifestantes também quebraram janelas e tentaram bloquear rodovias da cidade.
Antes, dezenas de pessoas marcharam pacificamente até o Centro da cidade entoando palavras de ordem como "parem de nos matar" e "sem justiça, sem paz". A prefeita de St. Louis, Lyda Krewson, disse que "a imensa maioria dos manifestantes é não violenta" e culpou um "grupo de agitadores" pela violência.
As manifestações tiveram início na noite de sexta-feira, após a absolvição do ex-policial Jason Stockley, de 36 anos, acusado pelo assassinato de Anthony Lamar Smith, de 24 anos, durante uma perseguição policial em 2011. Smith era suspeito de traficar drogas e foi morto a tiros por Stockley.
As manifestações dos últimos dias lembram atos que aconteceram após a morte a tiros em 2014 de outro jovem negro, Michael Brown, por um policial branco em Ferguson, também no Missouri. Na época, o episódio também deu início a uma série de protestos.