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Internacional

- Publicada em 09 de Setembro de 2017 às 15:05

Gaúchos deixam Flórida fugindo do furacão Irma

Estradas têm filas gigantes devido ao grande número de pessoas que tentam deixar o estado

Estradas têm filas gigantes devido ao grande número de pessoas que tentam deixar o estado


Fernando Passow/Divulgação/JC
O furacão Irma, chamado de monstro devido ao seu poder de letalidade, antes mesmo de chegar à Flórida, neste sábado (9), mudou o destino de famílias de gaúchos que vivem no estado norte-americano. No começo da semana, muitos chegaram a cogitar ficar na região, mas com a evolução do Irma decidiram viajar a locais seguros, subindo para o norte e para fora da Flórida. 
O furacão Irma, chamado de monstro devido ao seu poder de letalidade, antes mesmo de chegar à Flórida, neste sábado (9), mudou o destino de famílias de gaúchos que vivem no estado norte-americano. No começo da semana, muitos chegaram a cogitar ficar na região, mas com a evolução do Irma decidiram viajar a locais seguros, subindo para o norte e para fora da Flórida. 
Desde a quarta-feira (6), muitos deles seguem a trilha de latinos e norte-americanos que sobem em busca de um lugar seguro, longe do furacão cuja previsão era de bater no estado com categoria quatro, com ventos de até 250 quilômetros por hora. Cinco é a escala máxima com ventos acima desse patamar e foi com este poder destruidor que o furacão, que vem sendo considerado o pior da história na região, bateu no Caribe.
"Estou na rodovia 95, preso em congestionamentos gigantes. Saí de Fort Launderdale, vou passar por Tampa e vou tentar chegar a Nova Iorque", descreve o engenheiro e capitão de mega iates Fernando Passow, que faz temporadas com seu barco Free Spirit no Caribe, Bahamas e sul da Flórida. No caminho, diz Passow, o fluxo é intenso de carros da polícia descendo no sentido inverso. As quatro pistas estavam tomadas. "Acabam de decretar a evacuação da Carolina do Sul. O potencial dos ventos é de 250 quilômetros por hora. Não tem como se segurar."
Passow deixou para trás o barco. "Vamos ver como estará na volta, é duro de realizar tudo isso na cabeça", desabafa. "Parece que estamos em um filme, a gente fica imaginando que vai descer um disco voador, que virão ondas gigantes. Nos carros, estão famílias com seus animais. Se ficar o bicho pega." O engenheiro gaúcho descreve o cansaço e o medo de ficar sem combustível. "Parei um pouco para esticar as pernas, andar com o meu cachorro labrador Mark. Loucura, loucura, loucura", resume Passow.
Em Nova Iorque, está a companheira do engenheiro Laura Cavalcanti, também gaúcha e que é chef de cozinha em um iate que agora está atracado em um marina de frente para o sul da ilha de Manhattan. "Amor, pensa se tu acha que dá para ficar. Eu já sairia correndo", diz a mensagem trocada por WhatsApp com Passow na quinta-feira. Logo depois, ele sairia do sul de Miami para tomar a estrada rumo a Tampa. "Pega cobertor, roupa extra, lanterna, pilhas, pega algo para primeiros socorros", orienta Laura, que não esconde o nervosismo e pavor do que se desenhava no sul.
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"Pega cobertor, roupa extra, lanterna, pilhas, pega algo para primeiros socorros", orienta Laura. Foto Laura Cavalcanti/Arquivo pessoal/JC
Neste sábado, o engenheiro conseguiu chegar à fazenda de um amigo em Richmonn, na Virgínia, depois de dois dias na estrada. "Não dá pra dizer que nos sentimos aliviados porque tem muito para trás. Muita incerteza do que aconteceu e acontecerá com as pessoas e os lugares que conhecemos, além de muito por reconstruir", projeta Laura, lembrando que conhece gaúchos que optaram por ficar na Flórida. Laura, de Nova Iorque, e Passow, agora em Richmonn, acompanham pelo celular o tracking do Irma, mostrando minuto a minuto a evolução do furacão. O plano é de se encontrarem nos próximos dias.

Casal amarrou barco Gaucho e também saiu

O casal Fabiana e Tiani Hausen, gaúcho de Porto Alegre, optou por outro roteiro. Deixaram Miami, onde residem, e foram de carro para Nova Orleans, no estado da Lousiana. Os dois saíram na quarta-feira, com bagagens, quatro cachorros e deixaram casa e o veleiro Gaucho Too para trás. O veleiro ficou amarrado em uma marina em Fort Launderdale na tentativa de contornar maiores estragos. "Estamos fugindo do Irma", descreve Fabiana, em mensagem em vídeo pelo Whatsapp.
"Foi uma decisão muito difícil de tomar, moramos aqui (Flórida) há alguns anos, passamos por muitos sustos de outros furacões. Mas você nunca tem certeza se vai passar na tua cidade até o último momento", observa Fabiana. "Tomamos a decisão de fechar a casa e seguir ao norte para fugir da Flórida." O rastro de destruição deixado antes de alcançar a costa dos Estados Unidos foi suficiente para a tomada da decisão.
Em Nova Iorque, lojas fazem campanhas para arrecadar doações para ajudar as vítimas do Irma. Em redes de departamentos, onde se compra de tudo e atraem muitos turistas, são pedidas colaborações de US$ 1,00. E muitos americanos e visitantes doam para ajudar.
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