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Coreia do Norte

- Publicada em 04 de Setembro de 2017 às 15:05

Kim Jong-un prepara novo teste nuclear

Após o sexto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no domingo, Seul afirmou ontem ter detectado indícios de que o regime liderado por Kim Jong-un prepara um novo lançamento de míssil balístico intercontinental. Porém, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul não sabe precisar o momento em que poderia acontecer o disparo.
Após o sexto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no domingo, Seul afirmou ontem ter detectado indícios de que o regime liderado por Kim Jong-un prepara um novo lançamento de míssil balístico intercontinental. Porém, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul não sabe precisar o momento em que poderia acontecer o disparo.
O ministro sul-coreano da Defesa, Song Young-Moo, disse que seu país acredita que a Coreia do Norte miniaturizou com sucesso uma arma nuclear para que seja instalada em uma ogiva. Diante da possibilidade de novos lançamentos, a Coreia do Sul afirmou que conversa com os Estados Unidos sobre mobilizar novos porta-aviões e bombardeiros estratégicos na península coreana.
O anúncio foi feito horas depois de Seul realizar novo exercício com mísseis balísticos, em resposta ao teste nuclear norte-coreano. No treinamento, foram utilizados mísseis balísticos sul-coreanos Hyunmoo e caças F-15K.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu para ser informado de todas as opções militares disponíveis, de acordo com seu secretário de Defesa. Em julho, Pyongyang testou, duas vezes e com sucesso, um míssil balístico intercontinental, o que deixaria o território norte-americano ao alcance de um ataque.
De acordo com a Coreia do Norte, o sexto teste do país usou uma bomba de hidrogênio e foi o exercício nuclear mais potente de Pyongyang. O regime comunista anunciou que a bomba é suficientemente pequena para ser montada em um míssil intercontinental. A potência foi estimada em 50 quilotons, cinco vezes maior que o último teste nuclear realizado por Pyongyang em setembro do ano passado e três vezes maior que a bomba norte-americana que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.

Pyongyang está 'implorando por guerra', avisa embaixadora

Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocada após o teste com a bomba nuclear, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Halley, afirmou que Coreia do Norte está "implorando por guerra" e instou o órgão a adotar as "mais duras" sanções contra o país. "Chegou a hora de esgotarmos todos os meios diplomáticos antes que seja tarde demais. Devemos agora adotar as medidas mais duras possíveis."
A embaixadora lembrou que, há mais de 20 anos, o Conselho de Segurança adota medidas restritivas contra o programa nuclear da Coreia do Norte, mas que, apesar dos esforços diplomáticos feitos até agora, ele "está mais avançado e mais perigoso do que nunca".
"As ameaças nucleares de Kim Jong-un mostram que ele está implorando por guerra", ressaltou. "Guerra nunca é algo que os Estados Unidos queiram. Não queremos isso agora. Mas a paciência do nosso país não é ilimitada."
Desde julho de 2006, o Conselho de Segurança já adotou oito rodadas de sanções contra o regime norte-coreano por causa de seu programa nuclear - três delas foram no último ano e meio.
Em agosto, o órgão aprovou, por unanimidade, as mais duras sanções até agora, vetando as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, minério de ferro, chumbo, minério de chumbo e frutos do mar. O texto também proíbe que sejam feitas novas joint ventures com o país (ou que se invista mais nas atuais). A expectativa é de que essas sanções reduzam em até um terço a receita de exportação anual do regime, de US$ 3 bilhões.
As sanções "mais duras possíveis" pedidas pelos EUA passariam, necessariamente, pelo petróleo, com a possibilidade de proibir a exportação do combustível para o país. Isso impactaria diretamente em setores vitais da economia, como a agricultura.
Para aprovar novas sanções, contudo, é fundamental o apoio da China, que responde por cerca de 90% do comércio exterior de Pyongyang. No encontro, o embaixador chinês na ONU, Liu Jieyi, afirmou que a Coreia do Norte deve "parar de tomar ações que são erradas", mas defendeu uma proposta de seu governo com a Rússia (outro membro permanente com direito a veto) de "suspensão por suspensão".
Segundo essa ideia, Pyongyang congelaria seu programa nuclear em troca de os EUA e a Coreia do Sul pararem seus exercícios militares. Momentos antes, Nikki havia rejeitado a proposta, que considerou "um insulto". "Quando um regime canalha tem uma arma nuclear e um míssil balístico intercontinental apontados para você, você não baixa a sua guarda. Ninguém faria isso. Nós, certamente, não vamos."