Cerco militar termina com tiroteio, nove presos e três mortos na Rocinha

Um cerco militar realizado desde sábado por 950 policiais das Forças Armadas na Rocinha, zona Sul do Rio de Janeiro, resultou em tiroteio, três traficantes mortos e na prisão de nove suspeitos. Dezenove fuzis e nove granadas foram apreendidos. A favela é palco há uma semana de guerra entre facções.

Entre os detidos, está o traficante Luiz Alberto de Moura, conhecido como Bob do Caju, acusado de planejar um ataque à Rocinha no domingo da semana passada. Ele foi capturado por policiais civis na Ilha do Governador, na zona Norte. Outros quatro suspeitos, supostamente ligados ao bando de Antonio Bonfim Lopes, o Nem, foram presos pelo Exército ao tentarem entrar na Rocinha de carro. No sábado à tarde, em outras ações policiais, três suspeitos foram mortos no Alto da Boa Vista, na zona Norte, e mais cinco foram presos.

Segundo as Forças Armadas, o grupo que invadiu a favela na semana passada seguia ordens de Nem. O criminoso teria comandado a invasão da Rocinha direto do Presídio Federal de Rondônia. O objetivo era tomar o comando do tráfico de drogas de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que assumiu o posto após Nem ser preso.

Na madrugada de ontem, os tiros na Rocinha foram intensos. Quatro bandidos renderam um taxista em seu carro e tentaram entrar na comunidade, mas foram abordados por policiais militares, houve confronto e eles fugiram. A polícia suspeita que Rogério estava entre eles.