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Cultura

- Publicada em 19 de Setembro de 2017 às 18:58

Peça com travesti em papel de Jesus é transferida de local em Porto Alegre

Renata é ativista e acaba chamando a atenção para intolerância com transgêneros

Renata é ativista e acaba chamando a atenção para intolerância com transgêneros


LÍGIA JARDIM/DIVULGAÇÃO/JC
A peça O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu foi transferida de local em Porto Alegre. A atriz travesti Renata Carvalho faz o papel de Jesus na montagem, que é uma das atrações do festival de teatro Porto Alegre Em Cena, na Capital gaúcha. Em vez de ocupar a sala da Pinacoteca Ruben Berta, na rua Duque de Caxias, a peça será apresentada às 22h nesta quinta (21) e sexta-feira (22) no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quintana, também no Centro Histórico.
A peça O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu foi transferida de local em Porto Alegre. A atriz travesti Renata Carvalho faz o papel de Jesus na montagem, que é uma das atrações do festival de teatro Porto Alegre Em Cena, na Capital gaúcha. Em vez de ocupar a sala da Pinacoteca Ruben Berta, na rua Duque de Caxias, a peça será apresentada às 22h nesta quinta (21) e sexta-feira (22) no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quintana, também no Centro Histórico.
A montagem chegou a ser proibida em um teatro de Jundiaí, em São Paulo, cumprindo decisão da Justiça que acatou uma ação contra a encenação. A assessoria do festival em Porto Alegre alegou que a mudança servirá para acomodar melhor o público. Os ingressos para os dois dias estão esgotados. A assessoria negou que tivesse relação com algum risco de reação de pessoas contrárias ao tema da transexualidade ligada ao conteúdo religioso. Mesmo assim, haverá segurança na Casa de Cultura, diz a assessoria. 
Na manhã de sexta, ocorre um painel de debates com a atriz no Centro Municipal de Cultura sobre o tema do trans no teatro.

Peça alerta para intolerância a transgêneros

A montagem é uma adaptação da obra de Jo Clifford, dramaturga transgênero escocesa. A diretora da peça adaptado ao teatro brasileiro, Natalia Mallo, conheceu o original em 2014, ao ser apresentado em uma capela em Edimburgo. Segundo a assessoria do festival, a identidade travesti é elemento chave do espetáculo. “O que Jesus faria?” é a pergunta que norteia os desafios morais e dilemas éticos da peça. A montagem apresenta citações das parábolas da bíblia e não a interpretação de Jesus Cristo.
A atriz com 20 anos de carreira no teatro é também professora e ativista, o que leva para cena com mais força "a reflexão sobre a opressão e intolerância sofridas por transgêneros e minorias em geral no Brasil", diz a nota do festival sobre a montagem. 
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