As operações de combate à corrupção deflagradas pela Polícia Federal trouxeram um alerta para as empresas e organizações. A busca por erros e sinais de desvio de conduta das mais diversas maneiras fez crescer a procura por gestão de riscos.
A palavra do momento para quem suspeita de irregularidades é compliance, termo em inglês que significa estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos, a fim de manter a empresa em conformidade com as normas dos órgãos reguladores, de acordo com as atividades e seus regulamentos, principalmente aqueles inerentes ao seu controle interno.
A prática já existe há alguns anos, mas recentemente foi atrelada a uma espécie de varredura anticorrupção nas empresas. Emerson Melo, sócio-diretor da KPMG e ministrante da palestra Gestão de Riscos e Compliance nas Organizações, que acontece nesta quinta-feira, explica que esses conjunto de regras se baseia em oito pontos: "Avaliação dos riscos, pessoas e competências, políticas, comunicação e treinamento estão direcionados ao aspecto preventivo. Análise de dados e tecnologia, monitoramento e teste ligados à detecção. Já gerenciamento de deficiências e o reportar erro servem como o pilar de resposta. Com esses oitos elementos, temos um programa efetivo no compliance".
O sócio-diretor da KPMG avalia que o ingresso de profissionais capacitados a aplicar esse tipo de rotina nas empresas resultou em efeito positivo não apenas para o controle, mas também para a imagem das organizações.
A gestão de risco sob erros praticados se torna mais eficaz e rápida quando se sabe a medida a ser tomada. "A Lava Jato aumentou o interesse sobre o assunto. Estabelecer essa cultura no ambiente corporativo é obrigatório para o sucesso da empresa", avalia Melo.