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Infraestrutura

- Publicada em 08 de Setembro de 2017 às 16:43

Prefeitura tenta garantir recursos para obras da Copa

Tempo para concluir os trabalhos na trincheira da Cristóvão Colombo é estimado em seis meses

Tempo para concluir os trabalhos na trincheira da Cristóvão Colombo é estimado em seis meses


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/jc
Os porto-alegrenses têm boas chances de ver concluídas em 2018 algumas das construções mais importantes da estrutura viária da cidade. As obras da Copa, interrompidas por falta de recursos, poderão ser retomadas nos próximos meses se a administração municipal conseguir alterar o contrato de financiamento dos trabalhos junto à Caixa Econômica Federal. Nos cálculos da Secretaria de Planejamento e Gestão, são necessários R$ 484 milhões para concluir as nove obras pendentes e iniciar outras quatro, em diferentes regiões da cidade.
Os porto-alegrenses têm boas chances de ver concluídas em 2018 algumas das construções mais importantes da estrutura viária da cidade. As obras da Copa, interrompidas por falta de recursos, poderão ser retomadas nos próximos meses se a administração municipal conseguir alterar o contrato de financiamento dos trabalhos junto à Caixa Econômica Federal. Nos cálculos da Secretaria de Planejamento e Gestão, são necessários R$ 484 milhões para concluir as nove obras pendentes e iniciar outras quatro, em diferentes regiões da cidade.
Em alguns casos, falta pouco para o trabalho ficar pronto. As trincheiras da rua Anita Garibaldi e da avenida Ceará na Terceira Perimetral, por exemplo, levariam em torno de quatro meses para a conclusão, a partir da retomada dos trabalhos. No caso da trincheira da avenida Cristóvão Colombo, seriam seis meses. Outras reformas vão demorar mais - a duplicação da avenida Tronco e o prolongamento da avenida Severo Dullius vão demandar, respectivamente, 24 e 18 meses. Ainda sem data para começar, a trincheira da avenida Plínio Brasil Milano e a segunda parte da duplicação da rua Voluntários da Pátria devem envolver dois anos de construção.
Para recomeçar essas obras, a prefeitura pretende realocar recursos já aprovados para uma das partes mais importantes do conjunto de construções pendentes - a implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT, ou Transporte Rápido por Ônibus) nas avenidas Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa. "Identificamos que o valor reservado no financiamento (R$ 249 milhões) era insuficiente para que pudéssemos executar integralmente o escopo do que tinha sido apresentado (para o BRT)", diz o secretário de Planejamento e Gestão, José Alfredo Parode. "Concluímos que R$ 115 milhões poderiam ser remanejados. Na contratação original, era o valor da contrapartida do município", acrescenta. Outra fonte de recursos será um empréstimo de R$ 120 milhões, já aprovado pela Câmara Municipal.
A questão do BRT passa pela elaboração de um novo projeto, que contemple também avenidas como Farrapos, Assis Brasil e Sertório - áreas que não estavam na proposta original devido à perspectiva de implantação de uma linha de metrô para servir a zona Norte. Agora, sem maiores chances do metrô ser concretizado, a região também seria incluída na rede BRT. "Esse novo projeto deve contemplar também uma integração viária e tarifária com a Região Metropolitana. A ideia é criar um sistema integrado para desafogar o Centro de Porto Alegre", explica Parode. A estimativa é que, para tanto, seria necessário mais
R$ 1,2 bilhão. "Só para fazer o projeto, custa em torno de R$ 5 milhões", calcula.
A retomada das obras ainda depende da aprovação do Ministério das Cidades, uma vez que a Caixa Federal deu parecer favorável à proposta da prefeitura. Enquanto isso, outros trabalhos estão em andamento. A Fase 1 da Orla do Guaíba, no trecho entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias, deve ser entregue em novembro - a Fase 3, entre o Arroio Dilúvio e o Parque Gigante, ainda não tem data para começar. Em fase de estudos, a requalificação do Gasômetro deve começar nos primeiros meses de 2018. Neste mês, está começando a construção de uma nova avenida, nas margens do Arroio Cavalhada, ligando as avenidas Icaraí e Diário de Notícias. Também estão em execução obras de pavimentação em 19 quilômetros de vias em regiões como Lomba do Pinheiro, Ilhas, Aberta dos Morros, Restinga e Belém Novo, além de 78 quilômetros de recapeamento em avenidas como Mauá, Protásio Alves e Osvaldo Aranha.
Parode assegura que outros projetos serão implantados, envolvendo saneamento, habitação e mobilidade urbana. "Nosso passo seguinte é um planejamento estratégico para pensar a cidade de 2050, com metas a curto, médio e longo prazo. O desafio é que governantes e sociedade tenham compromisso com essa perspectiva. O planejamento é determinante para a qualidade de vida das gerações futuras", afirma o secretário.

Nova ponte pode ser concluída em dois anos

Conforme o Dnit, 51% dos serviços previstos já foram realizados

Conforme o Dnit, 51% dos serviços previstos já foram realizados


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/jc
Não será antes de 2019 a conclusão de duas das principais obras de grande porte mais aguardadas no Rio Grande do Sul - a nova ponte do Guaíba e a duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas. Ambas tiveram o ritmo reduzido - e até mesmo sofreram interrupções - em função das dificuldades de orçamento.
A nova ponte, da qual 51% dos serviços previstos já foram realizados, foi retomada no final de 2016, depois de uma interrupção de quatro meses. "Em 2017, pelos valores disponíveis e pelas informações que temos, a obra se mantém. Está em ritmo mínimo para não haver descontinuidade. Diferentemente de 2016, este ano há recursos (para essa obra) no orçamento, é só questão de ser disponibilizado", diz o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva.
A expectativa de aprontar a ponte até o final de 2019, no entanto, pode não se concretizar. "A incerteza ainda é a questão do reassentamento nas vilas Tio Zeca e Areia, que ficam bem no ponto onde a ponte termina. Isso envolve outros atores", diz Silva. No mês passado, o governo do Estado transferiu ao Dnit áreas de 21.031 metros quadrados da extinta Companhia de Habitação do Estado (Cohab), localizadas naquela região.
Na BR-116 a questão é um pouco mais complexa. Nenhum dos nove lotes em que a obra está dividida - além de dois lotes referentes ao contorno da estrada - está pronto. O grande obstáculo é a falta de recursos. "O valor previsto para o ano é de R$ 59 milhões, mais R$ 12 milhões para contorno. É aquém do necessário", lamenta Silva, lembrando que o total necessário para concluir os 221 quilômetros da duplicação é de R$ 660 milhões.