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Turismo

- Publicada em 29 de Setembro de 2017 às 16:49

Busca por intercâmbio está mais diversificada

Programas com duração mais curta têm sido carro-chefe das escolas

Programas com duração mais curta têm sido carro-chefe das escolas


/FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
O desejo de aproveitar as férias para conciliar o descanso com um curso no exterior tem crescido entre as pessoas com mais de 25 anos, mas também entre profissionais maduros e pessoas da terceira idade. Além dos tradicionais programas de High School (voltados para quem está no Ensino Médio ou vai começá-lo em breve), este tem sido um dos principais investimentos de consumidores do nicho junto a agências que oferecem viagens de intercâmbio. Adotado como forma de incluir experiência no currículo (ou para a vida), e também impulsionado pela queda do dólar e por facilidades como parcelamentos em até 10 vezes sem juros, este tipo de viagem está em momento de quebra de estereótipos, dentro e fora das empresas.
O desejo de aproveitar as férias para conciliar o descanso com um curso no exterior tem crescido entre as pessoas com mais de 25 anos, mas também entre profissionais maduros e pessoas da terceira idade. Além dos tradicionais programas de High School (voltados para quem está no Ensino Médio ou vai começá-lo em breve), este tem sido um dos principais investimentos de consumidores do nicho junto a agências que oferecem viagens de intercâmbio. Adotado como forma de incluir experiência no currículo (ou para a vida), e também impulsionado pela queda do dólar e por facilidades como parcelamentos em até 10 vezes sem juros, este tipo de viagem está em momento de quebra de estereótipos, dentro e fora das empresas.
Enquanto, na década de 1990, a grande maioria dos consumidores optava por cursos com duração superior a seis meses (sendo que os cursos de curta duração não ultrapassavam 30% da preferência), atualmente os programas de duas semanas a um mês têm sido o carro-chefe das férias vinculadas a uma atividade escolar ou profissional no exterior. De acordo com a Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), dos mais de 230 mil brasileiros que viajaram para o exterior para estudar em 2014, pelo menos 40% optaram por cursos com duração de até um mês.
Com a crise econômica brasileira, muitos estudantes buscam no exterior aliar o aperfeiçoamento de uma segunda ou terceira língua à experiência profissional e educacional, além de vivenciar a cultura de outro país, para ter um diferencial para concorrer às vagas de emprego no Brasil. Segundo levantamentos realizados simultaneamente e on-line em todo território nacional, com 135 agências de intercâmbio e 1925 estudantes, a Belta identificou que 43,2% dos entrevistados buscam um curso de idioma como objetivo do intercâmbio, 19% direcionam a experiência para uma graduação, e 5,2% aliam o aprendizado do idioma a um trabalho temporário. O idioma mais procurado é o inglês (87,7%), vindo na sequência o espanhol (5,4%), o francês (2,9%) e o alemão (2,2%). Entre os destinos mais apreciados aparecem Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Alemanha e Espanha. A duração de um mês de intercâmbio é o período preferido por quase 31% dos entrevistados.
Outro levantamento, realizado pela operadora de turismo CVC, aponta que 70% dos orçamentos solicitados em 2015, em sua rede de 7,5 mil agências (entre franqueadas e multimarcas) no Brasil, foram de perfis similares: pessoas com mais de 25 anos, em ascensão ou posições estratégicas, que querem conciliar a viagem de férias com um curso de aperfeiçoamento de idioma no exterior. Não à toa, a operadora tem investido no segmento. Em 2016, a CVC adquiriu a Experimento, uma das líderes do setor de viagens de intercâmbio, com 43 unidades em 15 estados. No Rio Grande do Sul, possui uma loja em Caxias do Sul.
Programas que, em vez de oferecer aprendizado de um idioma, sugerem outra atividade, como o trabalho voluntário, também estão tendo uma procura maior, garante a gerente da CI Zona Sul, Janaína Brentano. "Ter uma atividade voluntária também dá à pessoa alguns pontos a mais no emprego e, principalmente, na vida", comenta a gerente da CI, empresa com seis lojas no Estado e com mais de uma centena de unidades espalhadas pelo Brasil. 
De acordo com Janaína, os programas de trabalho voluntário em projetos sociais ou ambientais têm duração de, no mínimo, duas semanas e, no máximo, três meses; e contemplam vários destinos e tipos de trabalho (como dar aula de inglês para crianças carentes, ou ajudar idosos, orfanatos e animais), em cidades da Ásia, como Sri Lanka e Nepal, ou na África e Índia. Neste programa estão incluídas a hospedagem em casa de família e a alimentação (neste caso, só em alguns projetos). Não há restrição de idade, mas os participantes devem estar em boa forma física para seguir os mais jovens e completar suas tarefas.
 

Sucesso do segmento atrai franqueados para agências

Em um momento em que muitos brasileiros estão dispostos a abrir seu próprio negócio, um dos setores que cresceram em tempos de crise foi o segmento de educação internacional e carreira, afirma Marcelo Melo, especialista na área e diretor da IE Intercâmbio. Segundo o gestor, em 2016, a busca por franquias da empresa cresceu 27% e os interessados, distribuídos por todas as regiões do País. De acordo com Melo, os modelos de negócio variam de acordo com o potencial da região escolhida pelo franqueado.
"Atualmente, o Rio Grande do Sul é um dos destinos prioritários para a expansão da Experimento por meio de franquias em 2017 e 2018", destaca a diretora-presidente da agência, Patrícia Zocchio. Através do novo braço da CVC, a operadora passou a oferecer programas de entrada para intercâmbio, que reúne grupos de estudantes (de 12 a 17 anos) para viagens internacionais. Atualmente, o carro-chefe tem sido o programa High School. "Mas também o curso de idiomas que permite unir estudo e trabalho está sendo bem atrativo", afirma Patrícia.
No último balanço que o grupo divulgou, em agosto, a Experimento teve crescimento de 30% no primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano passado.