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Agronegócios

- Publicada em 28 de Setembro de 2017 às 22:28

Bovinos e piscicultura aumentaram em 2016

Número de animais foi o maior já registrado no País, informou o IBGE

Número de animais foi o maior já registrado no País, informou o IBGE


/ALINA SOUZA/ESPECIAL/PALÁCIO PIRATINI/JC
A produção brasileira de carne bovina manteve a trajetória de crescimento em 2016, enquanto a piscicultura teve a maior expansão entre as criações da pecuária, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O efetivo de bovinos brasileiros chegou a 218,2 milhões de cabeças no ano passado, o maior patamar já registrado pela Pesquisa da Pecuária Municipal.
A produção brasileira de carne bovina manteve a trajetória de crescimento em 2016, enquanto a piscicultura teve a maior expansão entre as criações da pecuária, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O efetivo de bovinos brasileiros chegou a 218,2 milhões de cabeças no ano passado, o maior patamar já registrado pela Pesquisa da Pecuária Municipal.
Com crescimento de 3,3%, acima da média nacional, a principal região criadora de bovinos continua sendo o Centro-Oeste, com 34,4% do rebanho. O Norte manteve a segunda colocação, com aumento de 1,7%. Segundo a pesquisadora do IBGE Mariana Oliveira, o baixo custo da terra e a boa disponibilidade hídrica têm permitido o crescimento na região. São Félix do Xingu, no Pará, é o município brasileiro com o maior efetivo de bovinos, e Marabá, no mesmo estado, está na quinta colocação.
A pesquisa mostra que 2016 teve uma retração na produção de leite de 2,9% e um aumento de 15,2% no preço, que atingiu média nacional de R$ 1,17 por litro. De acordo com Mariana, o aumento de preço pode incentivar um novo crescimento da produção de leite, com mais produtores investindo no efetivo de fêmeas que são ordenhadas, que caiu 6,8% em 2016.
A piscicultura brasileira cresceu 4,4% em relação a 2016, atingindo 507,1 mil toneladas. O aumento, na avaliação do IBGE, se deve tanto ao incremento da produção quanto à maior regularização do que é produzido. Quase metade da piscicultura brasileira (47,1%) corresponde à criação de tilápia, e 27% das criações de tambaqui. Rondônia é o principal estado produtor, com 19,1% do total nacional, e o município com a maior produção é Rio Preto da Eva, no Amazonas, com 13,38 mil toneladas.
As produções de suínos e galináceos também tiveram alta em 2016. O rebanho de suínos teve expansão de 0,4%, enquanto os galináceos registraram aumento de 1,9%, influenciado pela perda de poder aquisitivo dos consumidores. Segundo o IBGE, a proteína do frango é considerada mais acessível do que a do bovino e suíno.
Em 2016, o Brasil atingiu o maior número de galináceos -1,35 bilhão, e Brasília concentrava o maior efetivo. As cidades de Bastos, em São Paulo, e Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo, ficam com a segunda e a terceira colocação.

Produção de carvão vegetal, lenha e madeira em tora apresentou queda no Brasil, informa pesquisa

A pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs) em 2016, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, no extrativismo, a produção do carvão vegetal caiu 31,7%, a da lenha, 7,4%, e a da madeira em tora, 7%. Segundo o IBGE, a maior fiscalização e a redução da mão de obra disponível para as atividades explicam a queda. O valor de produção da extração vegetal nacional totalizou R$ 4,4 bilhões. Os produtos madeireiros da silvicultura "deram uma segurada" no valor deste indicador da produção primária florestal brasileira, que alcançou R$ 18,5 bilhões, em 2016, com aumento de 0,8% ante o resultado de 2015.
O segmento de madeira para papel e celulose teve crescimento de 10,8% na produção e de 7,7% em valor de produção, atingindo R$ 5,2 bilhões no ano. "Como ele tem uma participação significativa na produção florestal brasileira - só na silvicultura responde por 37,1% do valor de produção - acaba puxando bastante o valor da produção primária brasileira para cima", disse o supervisor da pesquisa, engenheiro agrônomo Winicius de Lima Wagner.
A silvicultura, que representou no ano passado mais de três quartos do valor da produção primária florestal brasileira, correspondendo a 76,1% do total, cresceu 3,2% no valor de produção frente o obtido no ano anterior. O principal segmento que impulsionou a silvicultura foi o de madeira para papel e celulose, com incremento de 10,8%, em função, principalmente, do crescimento da produção no Paraná, de 43,9%, devido à ampliação do parque industrial no estado. "No setor de madeira para papel e celulose, o Paraná acabou ultrapassando São Paulo, que era o maior produtor até o ano anterior."
Na silvicultura, Wagner chamou a atenção para o carvão vegetal, que tem o principal mercado na indústria siderúrgica. "Como a indústria de siderurgia não teve bom desempenho no ano passado, a produção de carvão vegetal caiu 8%." O valor de produção caiu 1%. Minas Gerais manteve-se na liderança na produção de carvão vegetal, por estados, respondendo por 80% do total.
Os três estados da região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) lideram a produção de lenha originária de áreas plantadas, com 64,2% do total. O Paraná passou à frente de São Paulo na produção de madeira em tora para papel e celulose da silvicultura, com a Bahia ocupando a terceira posição.
Os produtos não madeireiros do extrativismo, que têm maior relevância na pauta dos produtos florestais, tiveram aumento de 3,2% no valor de produção, que somou R$ 1,6 bilhão. No grupo de alimentícios, o destaque é o açaí, com maior valor de produção
(R$ 539,8 milhões) e crescimento de 12,4% em relação a 2015, apesar de ter registrado retração de 0,2% na produção. A queda na produção foi compensada pela alta de preços, já que a demanda continua elevada, disse Wagner.
Outros produtos importantes foram a erva-mate extrativa, com aumento de 1,7% na produção e pequena queda de 0,1% no valor de produção; e castanha-do-pará, cuja produção caiu 14,7%, afetada por problemas climáticos nos estados produtores. "Mas tivemos um aumento nos preços de mais de 20%, e o valor de produção fechou positivo em 2,7%", o que significou R$ 110,1 milhões.
O estudo do IBGE mostra que, dos 37 produtos da extração vegetal pesquisados, somente nove apresentaram expansão na produção em comparação a 2015.