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Economia

- Publicada em 26 de Setembro de 2017 às 17:26

Relator rejeita projeto sobre transporte por aplicativos no Senado

Apps criaram página que incentiva passageiros e motoristas a colherem assinaturas contra o texto

Apps criaram página que incentiva passageiros e motoristas a colherem assinaturas contra o texto


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/ARQUIVO/JC
O senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator do projeto de lei que regulamenta o funcionamento de aplicativos de transporte que conectam motoristas particulares a passageiros, votou nesta terça-feira (26) pela rejeição do texto aprovado pela Câmara em abril, que traz diversos pontos favoráveis a taxistas.
O senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator do projeto de lei que regulamenta o funcionamento de aplicativos de transporte que conectam motoristas particulares a passageiros, votou nesta terça-feira (26) pela rejeição do texto aprovado pela Câmara em abril, que traz diversos pontos favoráveis a taxistas.
Como houve um pedido de vista coletivo dos senadores da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, a votação do senadores sobre o parecer do relator será adiada para a próxima semana. Mesmo assim, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pode chamar uma votação de urgência no plenário da casa ainda nesta terça. Isso pode ocorrer mesmo sem aprovação da comissão.
A tendência, entretanto, é que isso não aconteça, já que os parlamentares estão envolvidos na apreciação da reforma política. O parecer do relator elimina diversos pontos do projeto da Câmara que aproximariam os aplicativos às regras aplicadas atualmente aos táxis. O texto-base, que foi aprovado pelos deputados em abril, é favorável às empresas, mas duas emendas mudaram de maneira significativa o sistema de funcionamento desses aplicativos.
Essas emendas tiram do projeto a descrição de que o serviço é uma "atividade de natureza privada", falam que os carros são "de aluguel", similares a táxis, e exigem que os motoristas do Uber e de seus concorrentes sejam obrigados a ter "autorização específica emitida pelo poder público municipal". Para as empresas, o projeto inviabiliza totalmente a existência do serviço.
Todos esses pontos foram retirados do parecer de Chaves, que determina outras medidas para regulamentar essas plataformas, como pagamento de todas as taxas e tributos a que os táxis estão sujeitos, necessidade de um representante no Brasil, exigência de seguros contra acidentes e cobertura financeira aos motoristas em caso de acidente. A leitura foi acompanhada por dez representantes de motoristas de táxi e dez representantes dos aplicativos. O limite foi determinado para evitar tumulto.
Uber, 99 e Cabify, que são os três principais aplicativos, criaram uma página conjunta nas redes sociais que incentiva passageiros e motoristas a colherem assinaturas contra o texto aprovado na Câmara.
Logo na apresentação do site www.juntospelamobilidade.com, os aplicativos anunciam que estão ameaçados. "Este projeto pode inviabilizar o uso dos aplicativos de transporte, já que aumenta a burocracia, exige dos motoristas de aplicativos licenciamento com placas vermelhas e diminui a possibilidade das pessoas de gerarem renda", diz a campanha.
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