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Economia

- Publicada em 21 de Setembro de 2017 às 22:23

Governo fará enquete sobre o horário de verão

Economia de energia no ano passado foi de R$ 159,5 milhões

Economia de energia no ano passado foi de R$ 159,5 milhões


/FERNANDO C VIEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
A manutenção ou não do horário de verão será uma decisão da presidência da República. Após a conclusão de estudos que mostram que o horário diferenciado não proporciona economia de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu encaminhar a questão para instâncias superiores. Prevendo polêmica, já que o assunto divide opiniões e tem amantes e detratores, o governo estuda fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto.
A manutenção ou não do horário de verão será uma decisão da presidência da República. Após a conclusão de estudos que mostram que o horário diferenciado não proporciona economia de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu encaminhar a questão para instâncias superiores. Prevendo polêmica, já que o assunto divide opiniões e tem amantes e detratores, o governo estuda fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou qualquer apreciação prévia. Quem vai bater o martelo sobre a questão é o presidente Michel Temer. Se vigorar neste ano, o horário de verão começa em 15 de outubro e termina em 17 de fevereiro. "Tendo em vista as mudanças no perfil e na composição da carga que vêm sendo observadas nos últimos anos, os resultados dos estudos convergiram para a constatação de que a adoção desta política pública atualmente traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema", informou o MME.
A conclusão dos estudos sobre a aplicação do horário de verão já havia sido informada em junho. Na época, o MME havia constatado que a mudança nos hábitos do consumidor e o avanço da tecnologia tornaram inócua a economia de energia que o horário de verão proporcionava no passado. Autoridades do setor elétrico atribuíram sua manutenção a "questões culturais".
De acordo com esses estudos, não é mais a incidência de luz natural que influencia os hábitos do consumidor, mas, sim, a temperatura. A popularização dos aparelhos de ar-condicionado é uma das principais razões dessa mudança.
Como o calor é mais intenso no final da manhã e início da tarde, os picos de consumo são registrados atualmente nesse período. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o horário de ponta ocorre entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h.
No passado, o horário de maior consumo de energia era registrado entre 17h e 20h, quando os trabalhadores retornavam para casa e tomavam banho. Para dar mais folga e segurança ao sistema, adiantar os relógios em uma hora permitia, por exemplo, adiar o acionamento da iluminação pública nas ruas. Isso deslocava parte da demanda e diminuía a concentração do uso de energia, reduzindo custos do sistema elétrico.
Em 2016, de acordo com dados do MME, o horário de verão durou 126 dias e gerou uma economia de R$ 159,5 milhões ao sistema. O valor é considerado irrelevante para o setor. A primeira vez em que o País o adotou foi em 1931. Desde 1985, ele foi aplicado todos os anos.
Nos países desenvolvidos, o horário de verão é mais extenso que no Brasil. Na Europa, vigora de março a outubro; nos Estados Unidos, México e Canadá, de março a novembro; na Austrália, de outubro a abril; na Nova Zelândia, de setembro a abril.
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