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Mercado de Capitais

- Publicada em 20 de Setembro de 2017 às 19:23

Bolsa atinge patamar inédito de 76 mil pontos

A bolsa brasileira voltou a absorver movimentos de realização de lucros e fechou ontem bem perto da estabilidade, com leve viés de alta. O Índice Bovespa iniciou o dia em terreno positivo, perdeu fôlego ainda pela manhã e atingiu seu pior momento à tarde, após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). Depois de ter caído até 1,18%, o índice voltou a mostrar fôlego e subiu 0,04% no fechamento, marcando 76.004 pontos. Com essa leve valorização, o indicador galgou novo recorde histórico e atingiu, pela primeira vez, o patamar dos 76 mil pontos no fechamento.
A bolsa brasileira voltou a absorver movimentos de realização de lucros e fechou ontem bem perto da estabilidade, com leve viés de alta. O Índice Bovespa iniciou o dia em terreno positivo, perdeu fôlego ainda pela manhã e atingiu seu pior momento à tarde, após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). Depois de ter caído até 1,18%, o índice voltou a mostrar fôlego e subiu 0,04% no fechamento, marcando 76.004 pontos. Com essa leve valorização, o indicador galgou novo recorde histórico e atingiu, pela primeira vez, o patamar dos 76 mil pontos no fechamento.
Principal evento do dia, a decisão de política monetária do Banco Central norte-americano gerou volatilidade no mercado, mas de maneira pontual. A instituição manteve inalteradas as taxas dos Fed Funds na faixa de 1% a 1,25% e anunciou que começará a reduzir seu balanço patrimonial em outubro. A publicação do comunicado da reunião foi sucedida por uma entrevista coletiva da presidente da instituição, Janet Yellen. A percepção foi de que, ao citar que a fraqueza da inflação no país é temporária, Yellen confirmou as expectativas de um novo - e gradual - aumento de juros na reunião de dezembro.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA atingiram máximas, as bolsas de Nova Iorque ampliaram as baixas, e o Ibovespa atingiu a mínima do dia, aos 75.074 pontos. Mas esse movimento perdeu fôlego minutos depois, em parte favorecido pela melhora dos ativos em Wall Street. "As sinalizações do Fed não vieram muito diferentes do que o mercado estava esperando e, portanto, já estavam precificadas. E tanto a alta de juros quanto a redução do balanço patrimonial deverão ser feitas sem pressa, uma vez que não há nada fora de controle na economia norte-americana", disse Vladimir Pinto, gerente de renda variável da Grand Prix Asset.
A queda observada ao longo do dia foi em boa parte amenizada pela disparada das ações da Petrobras no período da tarde. Os papéis da estatal tiveram diversos motivos para terminarem o dia com ganhos de 3,80% (ON) e de 4,82% (PN). Um deles foi a alta dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Além disso, o presidente da empresa, Pedro Parente, disse, em Nova Iorque, que a abertura de capital da BR Distribuidora está avançando rapidamente.
Ações do setor elétrico também operaram em alta, contribuindo para neutralizar a queda do índice ao final dos negócios. Ontem, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, derrubou a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que suspendia o leilão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, pertencentes à Cemig. As ações ordinárias da Cemig subiram 1,59%. Já as ações da estatal Eletrobras avançaram 2,09% (ON) e 1,71% (PNB). 

Dólar à vista registra baixa de 0,13% com decisão do Banco Central norte-americano

O dólar desacelerou as perdas ante o real - chegando a subir levemente - na tarde de ontem, depois que o Fed deixou em aberta a possibilidade de uma alta de juros nos EUA em dezembro. No entanto a sinalização de fraqueza da inflação e o impacto dos furacões na economia dos EUA deixaram os investidores reticentes, o que levou a moeda norte-americana a terminar em leve baixa.
O Índice do Dólar (DXY) - que mensura a moeda norte-americana ante seis moedas fortes - atingiu o nível mais alto desde meados de setembro diante de projeções para as taxa de juros do Fed que sugeriram mais um aperto monetário neste ano, com o Comitê Federal de Política Monetária (Fomc) deixando em aberto a possibilidade de ser em dezembro, seguida de três aumentos adicionais em 2018.
Além disso, o Fed confirmou o início da redução de seu balanço patrimonial, atualmente em US$ 4,5 trilhões. O Banco Central dos EUA disse que iniciará a redução em outubro em um ritmo de
US$ 10 bilhões por mês, o que já era estimado por analistas. "Se este ritmo continuar, o Fed levará sete anos para reduzir todo seu balanço, o que significa um processo extremamente gradual", disse o diretor da Wagner Investimentos, José Raimundo Faria Júnior.
Os pontos que contribuem para as incertezas são a fraqueza da inflação e os custos que os recentes furacões terão na economia dos EUA. Segundo o Fed, tanto a inflação quanto o núcleo recuaram neste ano, e a projeção é que o núcleo termine 2017 em 1,5%, abaixo da estimativa anterior, de 1,7%. A meta de inflação estipulada pelo Fed para a realização de um aperto monetário é de 2,0%. Em coletiva de imprensa, a presidente da instituição, Janet Yellen, disse que a fraqueza na inflação é temporária, o que levou o dólar a subir e atingir máxima ante o real, mas logo voltou para o patamar negativo.
No mercado à vista, o dólar fechou em baixa de 0,13%, aos R$ 3,1305. O giro financeiro somou US$ 1,58 bilhão. No mercado futuro, o dólar para outubro caiu 0,13%, aos R$ 3,1305. O volume somou cerca de US$ 18,80 bilhões.