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Economia

- Publicada em 09 de Setembro de 2017 às 18:04

Após Copom, bancos reduzem projeções para os juros

Agência Estado
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana provocou uma onda de revisões para baixo nas projeções da Selic, a taxa básica de juros. Na sexta-feira (8), os dois maiores bancos privados do País, Bradesco e Itaú, anunciaram corte nas previsões, para 7%. O francês BNP Paribas e o Banco Safra preveem que os juros podem cair ainda mais, para 6,5%.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana provocou uma onda de revisões para baixo nas projeções da Selic, a taxa básica de juros. Na sexta-feira (8), os dois maiores bancos privados do País, Bradesco e Itaú, anunciaram corte nas previsões, para 7%. O francês BNP Paribas e o Banco Safra preveem que os juros podem cair ainda mais, para 6,5%.
O Copom cortou esta semana a Selic de 9,25% para 8,25% e anunciou que deve reduzir de forma "moderada" o ritmo de cortes nas próximas reuniões. Para os economistas do Bank of America Merrill Lynch, ao invés de reduzir o juro em 1 ponto porcentual, como fez nos últimos encontros de política monetária, o BC deve diminuir o ritmo para 0,50 ponto nas próximas duas reuniões.
O Bradesco cortou a projeção para a Selic no final de 2017 de 7,5% para 7% e descarta, por enquanto, a necessidade de subir a taxa no ano que vem. Por isso, a Selic deve permanecer neste patamar ao menos até o final de 2018. "A recuperação da economia se consolida, sem aceleração da inflação", destaca, em relatório. O banco cortou ainda a estimativa para o IPCA deste ano, de 3,4% para 3% e em 2018 estima que o indicador deve ficar em 3,9%. "Apesar dos sinais de retomada do consumo, as surpresas de baixa com a inflação persistem."
O Itaú Unibanco também anunciou que alterou sua projeção para a Selic, de 7,25% para 7% no fim deste ano. Após a reunião do Copom, o banco espera que o BC diminuirá o ritmo de redução da Selic para 0,75 ponto porcentual, levando a taxa para 7,50% em outubro. Depois disso, o Copom faria outro corte, de 0,50 ponto. "Mudamos nossa estimativa para o fim do ano para 7%, de 7,25% anteriormente", disse, em nota, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita.
No relatório, ele afirma que uma economia em recuperação e a inflação baixa amparam a intenção do Copom de desacelerar a velocidade de queda dos juros e eventualmente finalizar o ciclo de recuo da Selic. O banco ainda cita, dentre outros fatores, o quadro de alívio na inflação mencionado pelo Copom. "O Comitê avalia que a evolução da inflação permanece bastante favorável, mas já não fala de desinflação", ressalta a instituição.
Ciclo. O Safra e o BNP acreditam que a Selic vai chegar ao final do ciclo de corte de juros em nível menor que o previsto anteriormente. O Safra, em relatório divulgado ontem, prevê que o ciclo será um pouco mais longo, terminando na primeira reunião do Copom de 2018, com o juro básico chegando a 6,5%. Antes, a previsão é que não haveria cortes no ano que vem. No caso do BNP, o banco reduziu a estimativa da taxa de 7% para 6,5% no final do ciclo, que deve ocorrer em março de 2018.
Entre outros bancos internacionais, o UBS reduziu a estimativa para a Selic de 7,50% para 7,25%, com esse nível devendo permanecer ao longo de 2018. Esse cenário considera a possibilidade de redução da taxa em 0,75 ponto porcentual no encontro do Copom em outubro e outro corte de 0,25 ponto em dezembro. No relatório, o banco cita que a recuperação gradual está em progresso e a inflação continua favorável.
Já o Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG) foi ainda mais radical no corte da projeção e reduziu a estimativa da Selic no fim deste ano de 8% para 7%. Contudo, para 2018, o banco estima que o BC voltará a elevar os juros, que devem subir para o patamar de 8%.
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