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Economia

- Publicada em 08 de Setembro de 2017 às 16:04

E la nave va...

O PIB do segundo trimestre de 2017 revela que estavam certos os que viam uma recuperação - ainda que modesta - da economia. A relação entre o trimestre e o seu anterior do PIB, ajustado pela sazonalidade, como faz o IBGE, é o melhor indicador.
O PIB do segundo trimestre de 2017 revela que estavam certos os que viam uma recuperação - ainda que modesta - da economia. A relação entre o trimestre e o seu anterior do PIB, ajustado pela sazonalidade, como faz o IBGE, é o melhor indicador.
Por convenção - utilizada, inclusive, pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace, da FGV) -, dois trimestres consecutivos de crescimento positivo marcam o fim de uma recessão. A Codace determinou que a que vivemos iniciou-se no segundo trimestre de 2014.
Mesmo os que têm má vontade com o governo de Michel Temer, por motivos ideológicos ou éticos, já não poderão negar que a situação econômica melhorou desde o segundo trimestre de 2016, quando ele tomou posse, a despeito da tragédia hiperpremiada da delação da JBS. Os números parecem dar fôlego a um crescimento do PIB em 2017 maior do que o consenso atual, talvez 0,8%.
Os mau humorados dirão que isso não passa de uma ilusão causada pelo aumento do "consumo" das famílias, e não do "investimento". E têm alguma razão. O problema é que estarão aprovando a política econômica de Temer, que fez o que estava ao seu alcance! Estimulou o consumo com a distribuição de R$ 44 bilhões do FGTS; com a redução da inflação, aumentou o poder de compra; e houve ligeira recuperação do emprego.
É realmente preocupante a continuada redução da Formação Bruta de Capital Fixo, o "investimento" com relação ao PIB, que caiu de 27% no segundo trimestre de 2012 para 22% do PIB no início da recessão e, depois, para 16% no segundo trimestre de 2017, quando ela terminou.
A aceleração do crescimento depende de dois fatores: o investimento e a exportação. O primeiro é função, basicamente, das "expectativas" do próprio crescimento, do uso da capacidade ociosa da indústria e de condições objetivas, como crédito a juro menor do que a taxa de retorno.
O segundo, da expansão da economia mundial e de cuidadosa vigilância da taxa de câmbio real, que o largo diferencial de juro interno e externo transforma num ativo financeiro que nada tem a ver com a economia real. Mas tudo será inútil enquanto não pegarmos "pelos cornos" a reforma da Previdência...
Economista, ex-deputado federal e ex-ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura
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