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Economia

- Publicada em 05 de Setembro de 2017 às 20:34

Acordo com Rio de Janeiro permite empréstimo de R$ 11,1 bilhões até 2018

Presidente da República em exercício, Rodrigo Maia não conteve as lágrimas na homologação do plano fiscal

Presidente da República em exercício, Rodrigo Maia não conteve as lágrimas na homologação do plano fiscal


JBATISTA/J.BATISTA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
A assinatura do acordo de recuperação fiscal da União com o Rio de Janeiro, que resultará em um ajuste fiscal de R$ 63 bilhões, permitirá empréstimos de R$ 11,1 bilhões ao estado entre 2017 e 2018, segundo afirmou, nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
A assinatura do acordo de recuperação fiscal da União com o Rio de Janeiro, que resultará em um ajuste fiscal de R$ 63 bilhões, permitirá empréstimos de R$ 11,1 bilhões ao estado entre 2017 e 2018, segundo afirmou, nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
A expectativa é que o crédito referente à privatização da estatal de água e esgoto Cedae, que totaliza R$ 3,5 bilhões, seja liberado ao estado em cerca de 30 dias, de acordo com o ministro.
Neste ano, o Tesouro Nacional dará aval para financiamentos ao estado de até R$ 6,6 bilhões, incluindo a privatização da empresa. Outros R$ 4,5 bilhões em crédito serão avalizados pelo Tesouro no próximo ano. "Com o acordo, o estado volta a pagar as contas em dia, seja com fornecedores, seja salários, pensões. O fato é que, a partir daí, começa a voltar à normalidade. Com a recuperação econômica do País já em curso, teremos uma normalização das atividades do estado do Rio de Janeiro nos próximos anos", afirmou Meirelles.
Com a assinatura do acordo, o Rio entra em moratória da dívida, e deixará de pagar cerca de R$ 29 bilhões até 2020.
A expectativa, segundo Meirelles, é que com as medidas implementadas pelo estado, as receitas se elevarão em R$ 22,6 bilhões até 2020. As despesas, com os ajustes fiscais, se reduzirão em R$ 4,5 bilhões no mesmo período de tempo.
Com a entrada no programa, o estado poderá suspender o pagamento da sua dívida com a União por três anos prorrogáveis por outros três, além de ter acesso ao empréstimo usando como garantia ações da Cedae, estatal de água e esgoto que será privatizada.
Em troca, o estado instituiu um teto de gastos, que limita o aumento das despesas públicas, elevou a contribuição previdenciária de servidores e se comprometeu a privatizar a estatal, entre outras contrapartidas.
O presidente da República em exercício e anfitrião do evento que homologou o acordo de recuperação fiscal do Rio, no Palácio do Planalto, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), se emocionou ao discursar sobre a assinatura do acordo. Com os olhos vermelhos, depois de parar um instante por conta das lágrimas, Maia defendeu a agenda de reformas do governo, sobretudo a da Previdência, e disse que o acordo é essencial para que o estado do Rio não mergulhe em novas crises fiscais no futuro. "Infelizmente, essa crise é visível no estado do Rio, mas se não tomarmos medidas claras de redução de gastos dos estados, da União e dos municípios, essa será a primeira de muitas", afirmou o presidente em exercício.
 
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