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Economia

- Publicada em 05 de Setembro de 2017 às 18:12

Smartphone impulsiona o crescimento da internet no Brasil, mostra pesquisa

Conexões móveis estão presentes em 9,3 milhões de lares no País

Conexões móveis estão presentes em 9,3 milhões de lares no País


/JUSTIN SULLIVAN/AFP/JC
Praticamente todo o crescimento nos domicílios conectados digitalmente no Brasil se deu por meio de conexões móveis, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2016. No ano passado, 9,3 milhões de residências dispunham de conexões móveis. Em 2012, eram 5 milhões de domicílios. Ao todo, 54% dos domicílios e 61% dos brasileiros com 10 anos ou mais já estão na internet.
Praticamente todo o crescimento nos domicílios conectados digitalmente no Brasil se deu por meio de conexões móveis, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2016. No ano passado, 9,3 milhões de residências dispunham de conexões móveis. Em 2012, eram 5 milhões de domicílios. Ao todo, 54% dos domicílios e 61% dos brasileiros com 10 anos ou mais já estão na internet.
Segundo a pesquisa, 43% dos usuários usavam só o celular para acessar a web (eram 20% em 2014), enquanto 6% usam só o computador. Os restantes usam ambos, mas essa proporção vem caindo anualmente. Os usuários do mobile são principalmente mais jovens, mais rurais e mais pobres. O uso misto se concentra entre os mais ricos, mais urbanos e mais velhos.
A pesquisa ouviu 23.751 pessoas acima de 10 anos em 350 municípios. "O telefone móvel celular é um dispositivo relevante para a inclusão digital, mas o uso exclusivo no celular cria algumas limitações, por exemplo, no desenvolvimento de habilidades, como criação de conteúdos, programação e outros usos menos sofisticados", diz Alexandre Barbosa, coordenador do Cetic.br, que realiza a pesquisa.
Os acessos por meio de banda larga fixa se mantiveram estáveis pela primeira vez na história da pesquisa, usados por 23 milhões de domicílios, ou um quarto dos lares brasileiros. A maior proporção de usuários de internet no celular usa o Wi-Fi, em detrimento do 3G e 4G, redes que exigem plano de dados no celular. "É uma forma de usar a internet e não gastar tanto dinheiro", diz Winston Oyadomari, coordenador da pesquisa. O uso exclusivo do Wi-Fi chega a 30% dos usuários das classes D e E, versus 9% da classe A. Na faixa de 10 a 15 anos, ele chega a 42%.
Com estabilidade fixa e crescimento móvel, aumentou a disponibilidade de internet nas classes D e E (de 16% para 23% dos domicílios e de 30% para 35% das pessoas) e na região Norte do Brasil, onde a banda larga fixa tem dificuldade de chegar. As conexões móveis são 49% das classes D e E e 47% da região Norte do País. "O cenário é de desigualdade", diz Oyadomari.
No País inteiro, 14% dos domicílios já têm acesso à internet sem terem computador - ou seja, sua inclusão digital se deu por meio de dispositivos móveis. Em 18% dos domicílios conectados, a internet chega de "carona" com vizinhos, por meio do Wi-Fi compartilhado. Isso ocorre principalmente em áreas rurais e no Nordeste, especialmente nos domicílios de classe D e E, e com renda familiar de um ou dois salários-mínimos.
Nas casas sem acesso, o principal motivo para estar desconectado é o custo: 57% apontam o preço como um dos motivos, e 26% afirmam ser esse o principal. O coordenador do Cetic aponta o preço da conexão como uma questão relevante de política pública e observa que as regiões Sul e Sudeste já parecem estar atingindo um certo grau de saturação da capacidade de crescimento das conexões por banda larga fixa.
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