Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Petróleo

- Publicada em 05 de Setembro de 2017 às 17:59

Preço do botijão de gás é reajustado em 12,2%

Novas variações nos preços não estão descartadas em setembro

Novas variações nos preços não estão descartadas em setembro


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Além do aumento superior a 10% da gasolina nas refinarias e da alta de 2,5% no GLP industrial, a Petrobras anunciou, nesta terça-feira, uma nova elevação de preços. Desta vez, a estatal está subindo em 12,2% o preço do gás de botijão, o GLP residencial. A alta passa a valer nesta quarta-feira.
Além do aumento superior a 10% da gasolina nas refinarias e da alta de 2,5% no GLP industrial, a Petrobras anunciou, nesta terça-feira, uma nova elevação de preços. Desta vez, a estatal está subindo em 12,2% o preço do gás de botijão, o GLP residencial. A alta passa a valer nesta quarta-feira.
A estatal informou que o aumento é reflexo dos "estoques muito baixos e eventos extraordinários, como os impactos do furacão Harvey na maior região exportadora mundial de gás liquefeito de petróleo". Isso, diz a empresa, "tem tido influência significativa no comportamento dos preços do GLP no mercado internacional, e o Gemp considera que este cenário deve ser considerado nos ajustes de preços do produto para uso residencial".
Novas variações de preços poderão ser aplicadas ainda em setembro. "A correção aplicada neste momento não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Uma nova avaliação do comportamento deste mercado será feita pelo Gemp em 21 de setembro."
A Petrobras disse que "a região de Houston (Texas) é a maior exportadora mundial de GLP, atendendo a mercados importadores como Europa e Extremo Oriente". Com isso, os terminais da região foram impactados e permanecem fora de operação.
Em nota, o Sindigás, que representa as empresas do setor, disse que o reajuste oscilará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com o polo de suprimento. "A correção aplicada não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional, com isso, o Sindigás calcula que o preço do produto destinado a embalagens até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento", destacou o sindicato.
A entidade se mostra preocupada com os aumentos do gás para a indústria e comércio. "Na avaliação do Sindigás, o aumento do GLP para embalagens que atendem ao comércio e à indústria é preocupante, pois afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos. Com o aumento de preços, o Sindigás calcula que o valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos ficará 39,94% acima da paridade de importação", destacou.
 

Petrobras aprova a reestruturação da BR Distribuidora

Acordo societário prevê aumento de capital de R$ 6,3 bilhões e cisão parcial da dívida com a Eletrobras

Acordo societário prevê aumento de capital de R$ 6,3 bilhões e cisão parcial da dívida com a Eletrobras


MARCIO ROBERTO DIAS/MARCIO ROBERTO DIAS/AGÊNCIA PETROBRAS/JC
A reestruturação da BR Distribuidora foi aprovada por acionistas, de modo que a subsidiária poderá aderir ao segmento Novo Mercado da B3, e os minoritários poderão indicar membros do Conselho de Administração, condicionados à concretização da abertura do capital. Esta operação, por sua vez, está sujeita a aprovações internas e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), bem como "condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional".
Em comunicado ao mercado, a estatal informa que a aprovação ocorreu em assembleia geral de acionistas da Petrobras Distribuidora no último dia 31 de agosto. O estatuto social, então, será modificado para prever a adesão ao Novo Mercado, com existência exclusiva de ações ordinárias; regras para Oferta Pública de Aquisição (OPA), incluindo requisito de concordância por um terço dos acionistas detentores de ações em circulação para eventual saída do segmento sem que efetuem a venda; concessão de Tag Along, para conferir tratamento igualitário aos demais acionistas; e ainda adesão à Câmara de Arbitragem (CA) do Mercado.
Entre outros pontos de alteração do estatuto, destaque para a composição do Conselho de Administração, com, ao menos, três representantes dos minoritários, independentemente da participação, além de percentual mínimo de 50% de membros independentes, considerando os eleitos pelos minoritários. Haverá uma cláusula sobre incompatibilidade de participação nos órgãos da administração da BR e suas subsidiárias e controladas, de membro com candidatura a mandato público, devendo o interessado renunciar ao cargo, sob pena de destituição. Além disso, a área de Governança, Risco e Conformidade ficará vinculada ao Conselho de Administração
Sobre partes relacionadas, haverá um "disciplinamento", exigindo que, em determinadas hipóteses, além da análise prévia do Comitê de Auditoria, o Comitê de Minoritários também emitirá parecer a respeito, e as operações deverão ser aprovadas por dois terços dos membros do CA.
Faz parte da reestruturação societária um aumento de capital em R$ 6,3 bilhões e a cisão parcial da dívida com a Eletrobras e dos recebíveis detidos pela BR com outras sociedades do Sistema Petrobras. A BR diz que utilizou os recursos desse aumento de capital e de seu caixa de R$ 1,4 bilhão para efetuar a liquidação antecipada, em 31 de agosto, de dívidas com o Banco do Brasil, no valor de R$ 4,5 bilhões, e com o Bradesco, de R$ 3 bilhões, nas quais a Petrobras era garantidora.
Com esses mesmos bancos, a Petrobras contratou novas linhas de crédito com as mesmas condições de valor, prazo e custo originalmente pactuadas pela BR. "Assim, essas novas captações não apresentam impactos no endividamento líquido consolidado da Petrobras, nem no seu perfil", diz o comunicado.