Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

- Publicada em 30 de Setembro de 2017 às 12:35

José Galló, o melhor CEO do Brasil

Detalhe da capa do livro

Detalhe da capa do livro


EDITORA PLANETA/DIVULGAÇÃO/JC
José Galló, graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, diretor-presidente da Renner, membro do Conselho de Administração da Localiza Rent a Car, do Itaú Unibanco Holding e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), mais de 30 anos de experiência em varejo, foi eleito, em 2016, O Melhor CEO do Brasil pela Época Negócios. Em cinco edições do Executivo de Valor do Valor Econômico foi premiado. Nas últimas quatro edições do Latin America Executive Team Ranking, da Institucional Investor, recebeu o título de Melhor CEO do setor de varejo e consumo.
José Galló, graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, diretor-presidente da Renner, membro do Conselho de Administração da Localiza Rent a Car, do Itaú Unibanco Holding e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), mais de 30 anos de experiência em varejo, foi eleito, em 2016, O Melhor CEO do Brasil pela Época Negócios. Em cinco edições do Executivo de Valor do Valor Econômico foi premiado. Nas últimas quatro edições do Latin America Executive Team Ranking, da Institucional Investor, recebeu o título de Melhor CEO do setor de varejo e consumo.
O poder do encantamento (Planeta Estratégia, 272 páginas), de Galló, traz sua vida desde a infância até hoje e, especialmente, trata da bem-sucedida trajetória, de fatos e de lições do executivo que, partindo de oito lojas, transformou a Renner em uma empresa que valia menos do que um milhão de dólares em uma corporação de US$ 6 bilhões.
Na obra, cujo prefácio é de Fabio Barbosa, Galló fala de seu nascimento em Galópolis, da família de origem italiana que teve grandes negócios por lá e de sua formação na FGV em SP. O início na Copersucar, os desafios com a Imcosul, a ModaCasa, a Eletroshop e a consultoria para o Grupo Joaquim Oliveira estão no volume, em meio a revelações sobre o aprendizado do empresário, que sempre valorizou a simplicidade, a disciplina, a inquietação criativa, o trabalho contínuo, a comunicação eficaz, o encantamento, a liderança, a valorização das pessoas e o foco no cliente.
Da entrada na Renner em 1991 até sua transformação em primeira corporação do Brasil, em 1998, passando pela saída da J.C.Penney do Brasil no emblemático 2005 e, chegando a 2012 com a grande expansão, os ciclos de sete anos mencionados por Galló mostram seu caminho confundido com o da empresa. Corporação que não tem um claro acionista, controlada por profissionais escolhidos por um Conselho de Administração. Alguns duvidaram da fórmula. Hoje é parte boa e vitoriosa de nossa cultura empresarial.
Depoimentos de empresários e líderes do porte de Jorge Gerdau Johannpeter, Roberto Setubal, Luiza Helena Trajano, Adelino Colombo, Nelson Sirotsky, Oswaldo Schirmer e Salim Mattar revelam aspectos pessoais e profissionais de José Galló, executivo focado na consistência estratégica, na austeridade, na confiança, na eficiência operacional e sempre de olho vivo no cliente e na concorrência.

lançamentos

  • Voos Pátrios (Editora Insular, 224 páginas), do executivo e empresário chinês Peter Ho Peng, que viveu no Brasil entre 1951 e 1973 e, atualmente, vive na Flórida, traz artigos sobre México, Califórnia, Brasil, política, futebol, médicos cubanos e outros tópicos relevantes. Fala de seu sequestro pelo Doi-Codi e de sua expulsão do Brasil, para onde retornou nos anos 2000. Em 2013, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça reparou seus danos.
  • O Lagarto na Taipa-1936 (AMZ Editora, 368 páginas) é o romance de estreia do professor João Celeste Agostini, que lecionou muitos anos Língua e Literatura Brasileira e Portuguesa. É estreia literária madura, e resgata os valores e a história dos bravos imigrantes italianos, através de envolvente e bem narrada trama envolvendo famílias de imigrantes entre 1883-1936, em uma colônia imaginária. Alma humana, comportamento e lembranças doloridas dos Alpes estão na obra.
  • Um psiquiatra na Coreia do Norte (Editora Buqui, 112 páginas), do médico e doutor em Psicologia Nelson Asnis, autor de Homem Bomba, o sacrifício das pulsões (2013) e Do divã ao aeroporto (2015), publicados pela Buqui, é o relato da viagem do autor, sozinho, à Coreia do Norte. O país não oferece irreverência ou boemia e apenas cinco brasileiros por ano enfrentam a nação totalitária. Asnis nos mostra o que está escondido aos olhos do mundo.

Caminhando pela Redenção

Saio da redação do glorioso Jornal do Comércio, o jovem octogenário de blazer azul em plena forma, sigo pela avenida João Pessoa e vou para a Redenção, ou Parque Farroupilha, se o leitor gaudério prefere assim. Chegando lá, tarde de sol de início de primavera, começo a caminhada. Cinco e meia, pessoas tomam chimarrão, namorados namoram, algumas pessoas correm, outras caminham, crianças jogam bola ou andam de bicicleta e eu sigo nas aleias ensaibradas, evitando os matinhos e espaços despovoados, com medo de algum assaltante vespertino. Nos bolsos levo apenas uns trocados e a vontade de flanar. O Adão me orientou a não levar o celular e as chaves do carro. Obedeci, claro, que não sou tão bobo, e o Adão é esperto.
Imagino que aquele grande espaço, no meio do parque, onde está o chafariz, é Paris, a Champs Élysées, o Central Park nova-iorquino ou o Hyde Park londrino e contemplo os gramados, as árvores, os arbustos, as folhagens e as flores, enquanto os sabiás de setembro fornecem a trilha sonora adequada para minhas viagens mentais. Descanso um pouco do tenebroso noticiário político-econômico-policial e dos escândalos das organizações criminosas municipais, estaduais e federais e respiro o ar do relaxamento possível. Está difícil ficar no Brasil e complicado sair. A coisa tá osca. Melhor seguir rezando para Nossa Senhora Aparecida descolar a economia da política e ir tocando o barco do que jeito que dá, enquanto uma bala perdida não nos alcança e o dia amanhece mais uma vez.
Melhor buscar um pouco de refúgio no passado, sem saudosismo, e pensar que a Redenção é o pátio de nossas melhores memórias, que por ali circulam nossas várias infâncias e idades, que aquelas árvores testemunharam, testemunham e vão testemunhar nossos pensamentos e ações. A Redenção é a eternidade porto-alegrense, o campo da lembrança, do presente e do futuro infinitos, mesmo sem os bichos do zoológico e mesmo sem os monumentos e placas remanescentes em melhores condições. No meio do gramado o gaúcho de pé, em bronze eterno, mira o pedaço de pampa fake do parque e a modernidade urbana dos prédios da Ufrgs e parece dizer que a vida continua, que os sonhos foram, são e serão o essencial dos dias.
Parece dizer que, mesmo sendo um gaúcho a pé, não deixa de ser um bagual que não se entrega assim no mais, como na linda canção clássica de Antonio Augusto Ferreira e Ewerton Ferreira, imortalizada pela interpretação de Leopoldo Rassier e merecidamente vencedora da Califórnia da Canção Nativa.
A temperatura vai caindo, o sol vai se despedindo e a caminhada vai dando os últimos passos. Os pedalinhos aguardam, perfilados, pelas filas dos feriados e dos fins de semana e o trenzinho está a postos para as próximas viagens. Bem que o aluguel de bicicletas poderia voltar e o café do lago já poderia estar funcionando, como esteve. E não seria possível charretes circulando pelo parque, ocupando os cavalos e carroceiros que a municipalidade quer desempregar? Cartas para a redação.

a propósito...

Podemos cuidar melhor da Redenção, ou Parque Farroupilha. Ela é o coração verde, amarelo e vermelho da Capital. Precisamos falar sobre cercamento, ao menos de parte, do local. Aluguel de bicicletas, charretes, café do lago, recuperação e manutenção de placas e monumentos e outras ideias tornarão ainda melhor esse espaço sagrado. Quem caminhou, caminha e caminhará por ali sabe que não se deve nem pensar em apagar as memórias passadas, presentes e futuras do lugar que já se chamou Campos da Redenção em homenagem à precoce abolição da escravatura em Porto Alegre, em 1884, e que foi chamado Parque Farroupilha em 1935, na comemoração dos cem anos da Guerra dos Farrapos. O que é o estudo, hein?