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JC Logística

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 22:17

Selo Procel traz economia de 15 bi de KW/h em um ano

Classificação não é único critério da compra; preço mais barato ainda tem muito peso

Classificação não é único critério da compra; preço mais barato ainda tem muito peso


/MARIANA FONTOURA/ARQUIVO/JC
O consumidor brasileiro evoluiu na busca de produtos com mais eficiência energética, e o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) para esses produtos tem sido decisivo na hora da compra de eletrodomésticos e outros equipamentos. Em 2016, foram vendidos 42 milhões de aparelhos com o selo, como mostra o Relatório de Resultados 2017, referente a dados de 2016.
O consumidor brasileiro evoluiu na busca de produtos com mais eficiência energética, e o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) para esses produtos tem sido decisivo na hora da compra de eletrodomésticos e outros equipamentos. Em 2016, foram vendidos 42 milhões de aparelhos com o selo, como mostra o Relatório de Resultados 2017, referente a dados de 2016.
Em 2016, as ações do Procel motivaram a economia de aproximadamente 15,15 bilhões de KW/h. O volume cresceu 29,74%, em relação ao ano anterior e equivale à energia fornecida durante um ano por uma usina de 3.634 MW. "Há uma demanda do consumidor, que cada vez mais pede e percebe isso", afirmou o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa.
Na visão do professor de Planejamento energético do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), André Lucena, existe um movimento de incentivo à compra de produtos mais eficientes, mas, nas classes de renda mais baixa, o consumidor costuma optar pelo mais barato. "Se têm preços parecidos até vai comprar o mais eficiente se tiver esta informação, mas não vai ser o único critério na hora da compra", disse.
Pedrosa sugere que o consumidor seja incentivado a regular os aparelhos para economizar energia. "O consumidor pode ser informado que, em determinado momento, pode mudar o termostato dele de 24 graus para 26 graus e, com isso, economizar um dinheiro. Muitas vezes, até de forma eletrônica e automática isso pode ser feito."
Para o secretário executivo, para avançar ainda mais, o setor de energia precisa se atualizar e se modernizar. "Hoje, ele (o setor) está sendo questionado pela geração distribuída, pelos medidores inteligentes, pelos consumidores inteligentes e pela demanda da sociedade, das indústrias, do comércio e do consumidor residencial de participar do mercado. Isso, no mundo inteiro, é um fator de eficiência para o setor", disse Pedrosa.
A indústria deveria ser incentivada na produção de equipamentos eficientes, na opinião do professor da Coppe. Lucena contou que, no Japão, tem um programa chamado Top Runner, que impõe períodos para os produtores ampliarem a eficiência de seus equipamentos. "É como se fosse um sarrafo cada vez mais alto. Se for comparar o sarrafo brasileiro com o sarrafo japonês ou europeu, o brasileiro não é alto comparativamente aos outros. Um programa que colocasse metas de eficiência nos equipamentos no longo prazo dá tempo da indústria se ajustar", concluiu. A superintendente de Gestão de Participações em Sociedades de Propósito Específico e programas de governo da Eletrobras, Renata Falcão, informou que, desde 1985, quando foi criado, o Procel "conseguiu economizar em torno de 107 bilhões de KW/h, o que é muita coisa. Só em 2016, a gente teve uma economia de 3,3% do consumo total do Brasil. Com isso, se deixou de investir R$ 3 bilhões para fazer a oferta de geração de energia". Atualmente, 39 categorias de equipamentos são certificadas pelo selo Procel.
 
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