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Empresas & Negócios

- Publicada em 25 de Setembro de 2017 às 11:32

Jazigos viram investimento

Jazigos e túmulos passam a atrair atenção de quem busca aplicações

Jazigos e túmulos passam a atrair atenção de quem busca aplicações


/MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC
A última morada virou investimento. Seja pela compra direta ou aplicação em fundos imobiliários, os jazigos são opção de investimento no Brasil, trilhando um caminho já comum no exterior. O único fundo que oferece somente esse tipo de negócio está aumentando capital, ofertando cotas para elevar o patrimônio de R$ 57 milhões para R$ 201,5 milhões. Hoje, há pouco mais de 80 cotistas no Fundo Brazilian Graveyard & Death Care Services, administrado pela H11-Capital.
A última morada virou investimento. Seja pela compra direta ou aplicação em fundos imobiliários, os jazigos são opção de investimento no Brasil, trilhando um caminho já comum no exterior. O único fundo que oferece somente esse tipo de negócio está aumentando capital, ofertando cotas para elevar o patrimônio de R$ 57 milhões para R$ 201,5 milhões. Hoje, há pouco mais de 80 cotistas no Fundo Brazilian Graveyard & Death Care Services, administrado pela H11-Capital.
Como estão lançando cotas na bolsa, não podem passar dados do histórico do rendimento, conforme exigência da Comissão de Valores Imobiliários (CVM). O prospecto do lançamento da oferta de cotas, no entanto, afirma que é possível um ganho composto de inflação mais 7% ao ano.
O que for captado pelo fundo será para comprar ativos "preponderantemente relacionados ao setor funerário (death care), ou seja, imóveis destinados à implantação de cemitérios, participação em empresas detentoras de imóveis aprovados para exploração de cemitérios e direitos reais sobre bens ligados ao setor de cemitérios", diz o prospecto. A oferta vai até o fim do ano. O fundo tem 27% do Terra Cemitério Parque em Sabará, Minas Gerais. "Temos de pensar os jazigos como vendas preventivas. Não é um mercado explorado no Brasil", afirma João Eduardo Santiago, gestor do fundo.
Outro que atuou nessa área foi o Fundo Mérito Desenvolvimento Imobiliário, que teve 1.900 túmulos daquele mesmo cemitério em sua carteira. Segundo Thiago Otuki, do site Clube FII, que acompanha o desempenho dos fundos imobiliários, o exclusivo para aplicações em ativos funerários teve poucos negócios e quase nenhuma liquidez. Já o do Mérito rendeu este ano 6,05%, abaixo dos fundos de renda fixa, de 6,9%. A vantagem na aplicação desses fundos é a isenção do Imposto de Renda e o fato de eles serem lastreados em ativos reais.
O comerciante Luiz Gustavo de Almeida resolveu apostar no setor. Comprou dois jazigos no Cemitério da Penitência, no Caju, por R$ 13 mil cada. Já tem um jazigo na família no Jardim da Saudade. Mas quer transferir os restos mortais da avó para o da Penitência e vender seus sete palmos de terra em Sulacap. "Comprei os jazigos por R$ 13 mil e acredito que consiga vendê-los já por R$ 25 mil", avalia Almeida.
Renato Rembischewski, diretor do Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro - onde o valor de um jazigo começa em R$ 15 mil -, também está investindo no setor. Ele e quatro sócios pretendem investir R$ 25 milhões na ampliação do cemitério e na construção de cemitérios parque e vertical no mesmo local. O objetivo é investir em crematórios e mais serviços fúnebres. "É um mercado muito carente e reprimido?", afirma.
Alexandre Despontin, gestor do Mérito Investimento, explica que a empresa não tem mais esses investimentos. Mas ressalta que são "aplicações com perspectiva de valorização a longo prazo, principalmente com a população envelhecendo".
Outra área que apresenta potencial de crescimento é a de debêntures, que devem responder por uma fatia de 15% do investimento privado em infraestrutura em 2018. O cálculo, da XP Investimentos, é de que dos investimentos esperados para infraestrutura ano que vem, da ordem de R$ 139,5 bilhões, R$ 84 bilhões venham do setor privado.
Para se ter uma ideia do crescimento potencial do investimento privado em infraestrutura em 2016, de R$ 61 bilhões, 7% vieram das debêntures de infraestrutura. Hoje, o estoque de debêntures incentivadas soma R$ 29,6 bilhões, em cinco anos. "Independente do cenário econômico vimos demanda. Com a menor volatilidade, o crescimento deverá ser ainda maior", destaca o head de produtos da XP Investimentos, Daniel Lemos.
A percepção, segundo ele, é de que os fundos de debêntures incentivadas devem crescer ainda mais, sendo que a expectativa é de que a proporção de fundos abertos seja maior do que os fechados.
 
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