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Empresas & Negócios

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 15:07

MSC vai investir ¤ 9 bilhões na aquisição de navios até 2026

Ignácio Palácios Hidalgo

Ignácio Palácios Hidalgo


MSC CRUZEIROS/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Potencializar e gerar novas oportunidades de crescimento do mercado de cruzeiros no País é o desafio do argentino Ignacio Palacios Hidalgo desde que se tornou diretor comercial na MSC Cruzeiros para o Brasil, em setembro de 2016. Nascido em Córdoba, o executivo, que morou boa parte da vida em Buenos Aires, mudou-se para São Paulo em 2010, três anos após ingressar na equipe da companhia marítima italiana. Presente em 45 países, a MSC é uma das líderes em mercados como o Mediterrâneo, o Sul da África, e a América do Sul; e projeta investimento de € 9 bilhões na aquisição de 10 navios até 2026. "Com isso, iremos triplicar a oferta de leitos", observa o gestor, emendando que o Brasil é um mercado estratégico neste sentido.
Potencializar e gerar novas oportunidades de crescimento do mercado de cruzeiros no País é o desafio do argentino Ignacio Palacios Hidalgo desde que se tornou diretor comercial na MSC Cruzeiros para o Brasil, em setembro de 2016. Nascido em Córdoba, o executivo, que morou boa parte da vida em Buenos Aires, mudou-se para São Paulo em 2010, três anos após ingressar na equipe da companhia marítima italiana. Presente em 45 países, a MSC é uma das líderes em mercados como o Mediterrâneo, o Sul da África, e a América do Sul; e projeta investimento de € 9 bilhões na aquisição de 10 navios até 2026. "Com isso, iremos triplicar a oferta de leitos", observa o gestor, emendando que o Brasil é um mercado estratégico neste sentido.
Antes de assumir a posição atual, Hidalgo trabalhou na área de reservas da companhia, passando gradualmente por outras diversas atividades, até assumir a parte de rentabilidade e controle de preços - função anterior à de diretor comercial. Ao resumir sua meta de gestão, afirma que a mesma está afinada com a política da companhia, que tem um "plano de crescimento muito ambicioso" para os próximos anos. Leitor assíduo e amante de "boa gastronomia", Hidalgo, que é casado com uma brasileira, afirma que, nas horas de lazer, gosta muito de viajar. "É algo que nos enriquece sempre."
Empresas & Negócios - A crise afetou a demanda por viagens em cruzeiros no Brasil?
Ignacio Palacios Hidalgo - De certa forma, sim. Mas o brasileiro é um povo que gosta de viajar e tirar férias de qualquer jeito. Então o que a crise afetou foi o momento de compra de pacotes. Antes de a economia declinar, era comum que a maioria dos clientes comprassem com antecedência; agora ocorre tudo mais em cima da hora.
Empresas & Negócios - Houve queda nas vendas?
Hidalgo - Isso não ocorreu em 2016, porque, durante o ano, as expectativas melhoraram no Brasil, e nossos navios saíram com 100% de ocupação. Em geral, os brasileiros continuaram a viajar, mas comprando mais perto da data da viagem, protelando o momento da compra. Mas sequer precisamos diminuir os preços. Aliás, uma vantagem que temos é que os roteiros não são muito caros. Temos tarifas por menos de R$ 2 mil e, entre julho e agosto, estamos oferecendo para o segundo passageiro da cabine um desconto de 50%. Então, com esta promoção, o casal que viajar por seis noites vai pagar em torno de R$ 3 mil - incluindo cinco refeições diárias, hospedagem e translados. Além disso, o pacote dá direito a participar de atividades do navio, como assistir a shows de alto nível, como os da Broadway. E tem funcionado. No ano passado, embarcamos mais de 140 mil hóspedes de todo o Brasil, isso com 40% a menos da oferta que estamos prevendo para a próxima temporada.
Empresas & Negócios - O que irá mudar neste período?
Hidalgo - Inauguramos, em junho, um navio com capacidade para 5,7 mil passageiros. Além de aumentar a oferta em 40%, também teremos um upgrade na parte de entretenimento, com dois espetáculos do Cirque du Soleil, desenvolvidos exclusivamente para ocorrer em alto mar.
Empresas & Negócios - Quantos cruzeiros da MSC operam atualmente no Brasil?
Hidalgo - Temos três navios e dois cruzeiros operando no País. Com o incremento de leitos, passamos a ofertar 90 mil cabines no total, para o mercado brasileiro vender na próxima temporada (de novembro 2017 a abril de 2018).
Empresas & Negócios - Quando se iniciam as vendas para este período e quais os destinos ofertados?
Hidalgo - Já começaram. E os números estão mostrando crescimento na comparação de ano sobre ano, porém o forte da demanda ocorre a partir de agosto, quando terminam as férias de julho, e as pessoas já começam a pensar nas férias de verão. Se o embarque é no Brasil, oferecemos dois roteiros, com opção de compra de três e quatro noites, ou seis, sete ou oito noites. Dependendo da duração do cruzeiro, o embarque ocorre no porto de Santos ou no do Rio de Janeiro. As alternativas são visitar a Bahia (Salvador, Ilhéus e Ilha Grande ou Ilha Bela) ou os países do Mercosul (Argentina e Uruguai). Mas também temos uma viagem que sai da Europa para o Brasil, com roteiros que incluem 16 a 21 noites no pacote.
Empresas & Negócios - Qual o market share da MSC no Rio grande do Sul?
Hidalgo - Estes são dados estratégicos, que não abrimos, mas posso afirmar que o Estado é importante - a ponto de, recentemente, termos passado por algumas cidades visitando agências, para realizar uma maior proximidade com este mercado. O Rio Grande do Sul é um estado rico, com muito potencial de crescimento, e a demanda de viagens de cruzeiro por gaúchos é grande. Inclusive, no ano passado, notamos uma melhora na quantidade de passageiros oriundos do Estado, onde temos parceria com Operadora Personal e contamos com mais de 200 agências cadastradas.
Empresas & Negócios - Há previsão de novos investimentos da companhia para os próximos anos?
Hidalgo - Sim. Iremos investir € 9 bilhões na aquisição de 10 navios até 2026. Com isso, iremos triplicar a oferta de leitos - e, neste sentido, o Brasil é um mercado estratégico. Um detalhe é que nossos navios são todos sofisticados, com iniciativas que permitem reduzir emissão de gás poluente, a exemplo de tratamento de lixo a bordo. Buscamos causar o menor impacto possível na natureza.
Empresas & Negócios - Qual é a estimativa de crescimento a curto prazo no Brasil?
Hidalgo - Até o final de abril de 2018, esperamos crescer 40%. Depois disso, estamos planejando uma oferta ainda maior para 2018/2019. Fato é que os cruzeiristas ainda são poucos, acreditamos que tem mercado para crescer no País. E, apesar de altos e baixos, o Brasil é uma economia estabelecida, e nós conhecemos este histórico, por isso conseguimos nos adaptar melhor. Estamos no País desde 2002. Na época, embarcávamos 1 mil passageiros por escala, agora já estamos em 5,7 mil. Esperamos que, em 2022, o volume seja de 7 mil passageiros por escala.
Empresas & Negócios - Como avalia o mercado mundial? Há espaço para crescer em viagens de cruzeiros além do País?
Hidalgo - As viagens de cruzeiro têm possibilidade enorme de crescer. Como indústria, em todos os anos, há recorde de embarcações. A indústria dos cruzeiros está crescendo, em franca expansão, no mundo todo. Movimentamos diversos portos. Acredito que tenhamos produtos diferentes, com toda uma estrutura a bordo, que supera inclusive o que é oferecido em resorts.
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