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Política

- Publicada em 29 de Agosto de 2017 às 18:25

Querem 'semear desordem', mas resistirei, diz Temer

Michel Temer embarcou ontem para a China onde participará da Cúpula do Brics

Michel Temer embarcou ontem para a China onde participará da Cúpula do Brics


ANTONIO CRUZ/ABR /JC
Com a expectativa de ser atingido, nos próximos dias, por uma nova denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o presidente Michel Temer divulgou ontem nas redes sociais um vídeo no qual afirma ter gente que quer "semear a desordem nas instituições" e "parar o Brasil", mas que ele tem a "força necessária para resistir".
Com a expectativa de ser atingido, nos próximos dias, por uma nova denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o presidente Michel Temer divulgou ontem nas redes sociais um vídeo no qual afirma ter gente que quer "semear a desordem nas instituições" e "parar o Brasil", mas que ele tem a "força necessária para resistir".
"Sabemos que tem gente que quer parar o Brasil, e esse desejo não tem limites. Quer colocar obstáculos ao nosso trabalho, semear a desordem nas instituições, mas tenho força necessária para resistir. Porque o que estamos fazendo é necessário e serve apenas à sociedade brasileira", disse Temer na peça de pouco mais de três minutos. "O momento pede sobriedade, responsabilidade e paciência. Nenhuma força me desviará desse rumo".
A fala do presidente acontece um dia depois que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que "algumas iniciativas do Congresso geram perplexidade", em referência a medidas articuladas pelos parlamentares que têm o objetivo de frear a Operação Lava Jato.
No vídeo, Temer não cita nominalmente Janot, mas o Planalto, desde que o procurador apresentou a primeira denúncia contra o presidente, trata o chefe do Ministério Público Federal como inimigo, e ministros dizem, nos bastidores, que ele age pessoalmente contra Temer, com investidas de caráter político.
Janot apresentou uma denúncia por corrupção passiva contra Temer baseada na delação de executivos da JBS. A acusação formal, porém, foi barrada no início do mês pela Câmara. Agora, Temer espera uma segunda denúncia, antes de o procurador deixar o cargo, no fim de seu mandato, em 17 de setembro.
A estratégia do presidente é, mais uma vez, apostar no espírito de corpo dos parlamentares, muitos deles também alvo de investigações. A ideia disseminada por auxiliares do presidente é a de que Janot quer acabar com a classe política e, caso a denúncia contra Temer avance, os próximos serão justamente esses deputados e senadores.
Durante sua fala no vídeo, o presidente diz que chegou ao governo com "um plano claro de reformas" e "com o apoio decisivo do Congresso" quer fazê-lo avançar.
Nesta semana, medidas importantes da área econômica serão votadas no Legislativo, como a revisão da meta fiscal de um deficit de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões.
Temer quer virar a página da crise política em que seu governo está mergulhado desde maio, quando a delação da JBS foi divulgada, e tentar focar na sua pauta econômica, com a reforma da Previdência, por exemplo.
"Se estão desconfiados da política [população] é porque já sofreram muito e amargaram grandes decepções. Mas no fim sempre torcem para dar certo. Vai dar certo. Não vamos deixar que a agenda negativa venha abater o nosso ânimo", declarou.
O presidente tentou ainda passar uma imagem de que a economia está melhorando e diz que a "herança que nos foi legada do governo anterior já está sendo corrigida".
Ontem, Temer embarcou para a China para a reunião da cúpula dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Esvaziou, porém, sua comitiva, para que seu time principal ficasse em Brasília para fazer a articulação no Congresso e a defesa do governo caso haja uma segunda denúncia. Ele só retorna ao país em 6 de setembro.
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