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Política

- Publicada em 24 de Agosto de 2017 às 17:26

De olho na campanha, Meirelles se aproxima de evangélicos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, abriu espaço em sua agenda, nesta quinta-feira, para mais um encontro com a comunidade evangélica. Ele foi a Juiz de Fora, Minas Gerais, fazer uma palestra sobre a agenda econômica na Convenção da Assembleia de Deus. Esse foi o quarto compromisso de Meirelles com evangélicos desde o início de junho. De lá para cá, o ministro já participou da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, do aniversário de 106 anos da Assembleia de Deus no Pará e até do aniversário de 85 anos do bispo primaz mundial das Assembleias de Deus, Manoel Ferreira.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, abriu espaço em sua agenda, nesta quinta-feira, para mais um encontro com a comunidade evangélica. Ele foi a Juiz de Fora, Minas Gerais, fazer uma palestra sobre a agenda econômica na Convenção da Assembleia de Deus. Esse foi o quarto compromisso de Meirelles com evangélicos desde o início de junho. De lá para cá, o ministro já participou da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, do aniversário de 106 anos da Assembleia de Deus no Pará e até do aniversário de 85 anos do bispo primaz mundial das Assembleias de Deus, Manoel Ferreira.
O ministro tem dito a interlocutores que tem conversado com os evangélicos, porque esse grupo demonstra simpatia pelas reformas e pelo programa de ajuste fiscal que o governo Michel Temer (PMDB) quer implementar. Ele argumenta que seu trabalho é conversar não apenas com o mercado financeiro, mas também com outros públicos para explicar a necessidade da aprovação de mudanças na Previdência Social, por exemplo. "Ao contrário da Igreja Católica, que fala mal das reformas, os evangélicos abraçam a agenda econômica", disse um interlocutor da equipe econômica.
O compromisso desta quinta-feira, segundo o Ministério da Fazenda, foi combinado entre Meirelles e o presidente Michel Temer, que também tem se aproximado dos evangélicos. O movimento, no entanto, reforça a desconfiança de que o ministro pode deixar o governo em abril para a disputa presidencial de 2018. Meirelles, que é filiado ao PSD (partido da base), nunca escondeu suas ambições políticas, mas integrantes do governo afirmam que ele não vai admitir agora que já está se movimentando de olho nas eleições.
"O ministro sabe que, se botar a cabeça para fora agora, ela será cortada. Mas se tiver mesmo o objetivo de brigar nas urnas, ele precisa conversar com vários atores. Isso inclui empresários e economistas, mas também os evangélicos, que têm grande influência sobre sua bancada no Congresso", disse um técnicos da área econômica.
Embora já tenha sofrido algumas derrotas em sua agenda econômica, integrantes do governo admitem que o ministro tem traquejo político e hoje ainda é beneficiado pelo "efeito teflon", ou seja, o que é ruim não gruda nele. As vitórias, como a aprovação de um teto para os gastos públicos, são mérito de Meirelles. Já as derrotas, como a dificuldade para avançar na reforma da Previdência, são de Temer.
Esses interlocutores avaliam, no entanto, que, para se viabilizar como candidato, Meirelles ainda precisa de mais coisas para mostrar na economia. O empresariado tem simpatia pelo ministro, mas a população ainda sofre com o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e com os altos índices de desemprego.
A movimentação de Meirelles já provoca ciúmes na ala política do governo. Os integrantes do Palácio do Planalto têm acompanhado de perto a movimentação do ministro e tornaram difícil o debate interno sobre a mudança nas metas fiscais de 2017 e 2018. A Fazenda defendeu que o rombo nas contas públicas fosse elevado para
R$ 159 bilhões nos dois anos, alegando que, se o número fosse maior, o mercado reagiria mal, e o Brasil poderia sofrer um novo rebaixamento nas agências de classificação de risco. No entanto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e outros aliados queriam que o número fosse para R$ 170 bilhões.
 
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