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Política

- Publicada em 23 de Agosto de 2017 às 16:22

Maria do Rosário depõe e chama Jair Bolsonaro de 'líder do ódio'

A deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT) prestou depoimento na manhã de ontem, no Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal em que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é réu por injúria e apologia ao crime de estupro.
A deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT) prestou depoimento na manhã de ontem, no Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal em que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é réu por injúria e apologia ao crime de estupro.
Visivelmente emocionada na saída do tribunal, Maria do Rosário disse esperar "que se faça justiça diante de toda incitação ao crime" e afirmou que, Bolsonaro, cotado para ser candidato à presidência da República em 2018, "tem sido um líder do ódio".
Maria do Rosário é autora de uma das duas denúncias que foram recebidas pelos ministros da 1ª Turma do STF contra Bolsonaro. O caso teve origem em uma declaração do deputado, em 2014, de que "não estupraria a deputada federal Maria do Rosário porque ela não mereceria".
"O pronunciamento deste parlamentar gerou uma onda de ódio imensa que atinge não só a minha pessoa, mas atinge as mulheres. Principalmente as mulheres, mas também gays, lésbicas, negros, negras, indígenas, a toda uma série de pessoas que sofrem por serem atacados pela identidade, pelo que são. E, no Brasil, a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada. Então, tratar estupro como algo banal, como algo que um homem decide se uma mulher merece ou não, é condenar as vítimas e incitar ao crime", disse Maria do Rosário à imprensa após o depoimento.
"Eu busco uma condenação, não por mim, mas para que cesse esse sofrimento e essa incitação ao ódio que não pode ter mais lugar no Brasil. Temos que dar um ponto final na incitação ao ódio. E ele tem sido um líder do ódio", acrescentou a deputada.
Maria do Rosário afirmou que tem recebido ameaças e o número subiu bastante desde a semana passada, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a condenação de Bolsonaro a pagar uma indenização de R$ 10 mil à deputada por danos morais.
"Depois da vitória no STJ, até hoje, nós já recebemos 10 mil ataques, ameaças, via internet, alguns com som, gravados. Alguns já identificados. Ameaças de estupro, de morte. Isso tudo move uma onda de ódio, e o que nós estamos mostrando no STF é que isso acontece a partir do pronunciamento deste parlamentar. Se todos temos responsabilidade com a lei e com a dignidade humana, quanto mais alguém que tem responsabilidade pública, que é ouvido, que tem seguidores, que tem liderado. Ele hoje tem liderado atitude de ódio e de ameaçanão só à minha pessoa, mas a muitas mulheres", afirmou a deputada.
 
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