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Opinião

- Publicada em 23 de Agosto de 2017 às 15:41

O trabalhismo e o futuro

Neste dia 24 de agosto, o País rememora os 63 anos do ato extremo praticado pelo presidente Getulio Vargas contra a própria vida, no desfecho mais trágico de uma crise política em nossa história. Ao gesto, seguiu-se a divulgação de sua "Carta-Testamento", que se tornou símbolo da causa que Getulio inaugurou na vida pública brasileira: o trabalhismo. Mais de seis décadas depois, com o País imerso em uma crise que radicaliza posições e divide o tecido social, é oportuna uma reflexão sobre o lugar do trabalhismo no tumultuado ambiente nacional. Durante a última década, no desejo de cooperar na construção de conquistas para a maioria da população, o PDT participou de gestões que, embora destinassem recursos para os mais pobres através do Bolsa Família, se revelaram mais generosas ainda com os detentores do grande capital, mediante vultosos repasses do Bndes. O resultado é conhecido de todos: 14 milhões de desempregados e um escândalo de corrupção nascido na Petrobras, justamente a estatal-símbolo do projeto trabalhista de soberania nacional.
Neste dia 24 de agosto, o País rememora os 63 anos do ato extremo praticado pelo presidente Getulio Vargas contra a própria vida, no desfecho mais trágico de uma crise política em nossa história. Ao gesto, seguiu-se a divulgação de sua "Carta-Testamento", que se tornou símbolo da causa que Getulio inaugurou na vida pública brasileira: o trabalhismo. Mais de seis décadas depois, com o País imerso em uma crise que radicaliza posições e divide o tecido social, é oportuna uma reflexão sobre o lugar do trabalhismo no tumultuado ambiente nacional. Durante a última década, no desejo de cooperar na construção de conquistas para a maioria da população, o PDT participou de gestões que, embora destinassem recursos para os mais pobres através do Bolsa Família, se revelaram mais generosas ainda com os detentores do grande capital, mediante vultosos repasses do Bndes. O resultado é conhecido de todos: 14 milhões de desempregados e um escândalo de corrupção nascido na Petrobras, justamente a estatal-símbolo do projeto trabalhista de soberania nacional.
É preciso ir além da falsa dicotomia entre tucanos e petralhas. Os projetos encarnados por estes grupos já foram testados, são semelhantes no aspecto econômico, e não se mostraram capazes de resolver problemas estruturais do País: o estrangulamento dos juros da dívida, uma definição clara dos papéis dos Poderes e do Ministério Público, a reconstrução do Pacto Federativo com mais recursos para os municípios. É a decepção com estes dois projetos que faz parte da nação olhar para "salvadores" da Pátria, com um discurso saudoso do regime de exceção, outra estratégia datada. O Brasil precisa de um novo caminho.
Mas para o trabalhismo ser este caminho, precisa se posicionar com clareza. Sem deixarmos claro nosso compromisso com as liberdades individuais e o combate à corrupção, ficamos caudatários de forças que não têm a democracia como valor absoluto. O trabalhismo tem de ser para todos os trabalhadores, os terceirizados, os sem sindicato, e não apenas para os supersalários do setor público. Temas como equilíbrio das contas públicas não são mais ideológicos, e sim uma questão de sobrevivência para governos de todas as esferas. O trabalhismo possui condições de trazer desenvolvimento com paz social. Mas não basta citar Getulio e Leonel Brizola em nossos discursos se não tivermos a coragem que eles tiveram: romper com soluções do passado e propor rumos capazes de construir um novo futuro.
Prefeito de São Gabriel (PDT)
 
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