Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 18 de Agosto de 2017 às 15:58

Apoio aos lojistas é medida correta e vai animar o setor

Quando se discute muito a situação socioeconômica difícil no País, eis que a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) assinaram acordo de cooperação que envolve R$ 1 bilhão em recursos. O programa foi batizado de Avança Varejo e, por meio dele, foram abertas linhas de capital de giro, crédito rotativo, de investimento e financiamento, com prazos mais alongados e taxas de juros diferenciadas a empresas do segmento.
Quando se discute muito a situação socioeconômica difícil no País, eis que a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) assinaram acordo de cooperação que envolve R$ 1 bilhão em recursos. O programa foi batizado de Avança Varejo e, por meio dele, foram abertas linhas de capital de giro, crédito rotativo, de investimento e financiamento, com prazos mais alongados e taxas de juros diferenciadas a empresas do segmento.
Ora, isso é medida correta e salutar quando a economia dá sinais de pequena, mas muito bem-vinda, recuperação, nos dois primeiros trimestres do ano. Já para o terceiro trimestre, a projeção é de nova paralisia, ou mesmo PIB negativo. Evidentemente que o ideal seria a geração de empregos formais, o que aliviaria as contas negativas da Previdência Social e carrearia uma maior arrecadação para estados e municípios. Porém, enquanto não se alcança o ideal, é melhor ir fazendo o possível. Por isso mesmo, a medida anunciada é correta e salutar, pois abre uma expectativa de favorecer cerca de 450 mil lojistas associados à CNDL, com mais de 1 milhão de estabelecimentos comerciais de pequeno, médio e grande porte no Brasil. Essas empresas terão acesso, por meio do convênio firmado, a linhas para o financiamento de ônibus, caminhões, máquinas e equipamentos novos, aquisição de softwares e serviços correlatos no mercado interno, além de investimento em inovações. Entidades do setor lojista logo aplaudiram a medida, como era mais do que esperado.
É que, sem dúvidas, a iniciativa é fundamental para incentivar as atividades do setor, que é grande empregador do Brasil. É isso o que se espera, mais empregos, renda e equilíbrio, via de consequência, nas contas públicas. A retomada do crescimento econômico trará um desafogo mais do que importante para os cansativamente conturbados cenários político e econômico-financeiro nacionais. Quanto à possibilidade de que o salário--mínimo do ano vindouro tenha uma redução de R$ 10,00, trata-se de uma iniciativa errônea tomada em um momento ainda mais errado. Mesmo que objetivasse uma boa economia nas contas dos governos, o fato é que, aí, todos poderiam bradar que a União jogou nas costas dos assalariados de menor poder aquisitivo a conta pelo descalabro financeiro do País. E isso, convenhamos, é de uma crueldade atroz, medida que atraiu, mesmo que não aprovada no Congresso, toda a ira dos trabalhadores de baixa renda, dos aposentados e pensionistas da Previdência Social, e pouco resolveria, realmente.
Mesmo reconhecendo que a equipe econômica está fazendo o melhor que pode para diminuir o déficit público, eis que não tem outra saída no horizonte próximo, a reação negativa à medida pode custar menos apoio na base já bem frágil que o Palácio do Planalto tem e da qual precisa para aprovar os projetos que estão no Congresso Nacional, que somente trabalha, em termos de votações e comissões, três dias por semana, às terças, quartas e quintas-feiras.
No caso específico do Rio Grande do Sul, a indústria como um todo representa 23,4% do PIB gaúcho, enquanto o comércio responde por 13%. O comércio engloba 33% das empresas estaduais e é responsável por 17,6% dos empregos formais no Estado. É um segmento mais do que importante, então, para a nossa economia regional. Se o presidente Michel Temer (PMDB) e sua equipe econômica querem passar à história como os que conseguiram tirar o Brasil da pior crise desde 1929/1930, que soterrou a economia mundial, deve, entretanto, dosar bem os amargos remédios que têm sido anunciados, ainda que sejam impostergáveis, segundo muitos analistas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO