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Opinião

- Publicada em 10 de Agosto de 2017 às 17:15

Setor privado dá sinais de que retomada está a caminho

O aumento de impostos desanima, a quantidade de desempregados no País preocupa, e o governo federal ainda patina na busca do equilíbrio das contas públicas. Entretanto há notícias positivas, como a menor inflação para 12 meses desde 1999 - o IPCA fechou em 2,71% -, a taxa básica de juros em um dígito (9,25% é o patamar atual da Selic) e o saldo positivo, ainda que pequeno, no número de empregos formais no Brasil nos últimos quatro meses.
O aumento de impostos desanima, a quantidade de desempregados no País preocupa, e o governo federal ainda patina na busca do equilíbrio das contas públicas. Entretanto há notícias positivas, como a menor inflação para 12 meses desde 1999 - o IPCA fechou em 2,71% -, a taxa básica de juros em um dígito (9,25% é o patamar atual da Selic) e o saldo positivo, ainda que pequeno, no número de empregos formais no Brasil nos últimos quatro meses.
E se é verdade que a instabilidade política ainda afeta o País, mesmo após a Câmara dos Deputados ter barrado a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB), também é fato que, pouco a pouco, o setor privado está se descolando da crise e voltando a investir.
Ou seja, ainda que se espere para as próximas semanas mais uma denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Temer, a iniciativa privada deixou de esperar que as coisas se acalmem em Brasília para buscar a retomada do crescimento. Tivemos dois exemplos importantes que se materializaram nos últimos dias.
Um deles foi no setor do varejo, em Porto Alegre, onde a Lebes investiu R$ 8 milhões para inaugurar, nesta semana, uma loja de sete andares no antigo Edifício Guaspari, no coração do Centro Histórico. Com certeza, servirá de inspiração para que outras iniciativas ajudem a revitalizar a região.
O outro caso, na área industrial, é ainda mais emblemático: o anúncio da General Motors, na semana passada, de que irá investir R$ 1,4 bilhão na sua planta em Gravataí para a uma linha de fabricação de automóveis.
A confirmação da terceira ampliação do complexo da GM em Gravataí - inaugurado há 17 anos, em julho do ano 2000 - terá um efeito imediato, sinalizando para toda a cadeia produtiva do setor automotivo da região as futuras demandas em produtos e serviços. E o investimento de R$ 1,4 bilhão vai, certamente, atrair novas empresas para o complexo às margens da freeway, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O vice-presidente da GM Mercosul, Marcos Munhoz, prevê que dois novos sistemistas se integrem à planta de Gravataí. Hoje são companhias integradas à General Motors, fornecendo vidros, bancos, para-choques, rodas, pneus, freios, entre outros componentes para os modelos lá produzidos.
Também há expectativa de outras empresas fora do complexo de Gravataí, especialmente com a ampliação dos incentivos fiscais para fornecedores, mesmo que não estejam integrados ao modelo de sistemistas. Espera-se que a indústria local tenha a maior fatia possível nesse novo empreendimento.
O aporte é um sinal importante, especialmente pelo fato de a GM ser um emblema da indústria gaúcha, um setor fundamental para o desenvolvimento do Estado. Se o agronegócio vem minimizando os maus resultados do PIB ao longo desses anos de crise, com safras recordes consecutivas, a retomada da produção e, por que não, do crescimento da indústria trará um complemento com grande valor agregado ao Rio Grande do Sul e ao País.
Os efeitos no PIB do município de Gravataí mostram bem isso. A cidade saltou da 15ª para a 3ª colocação entre as maiores economias municipais gaúchas, atrás apenas de Porto Alegre e Caxias do Sul.
Mais do que os números substantivos, esse investimento é um marco também para dar um novo ânimo ao empresariado e ao setor privado como um todo, para que a economia se descole da política nesse momento conturbado e o País volte a crescer.
 
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