Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 08 de Agosto de 2017 às 17:24

A miséria da política

Nem se pense que o título em tela tem alguma correlação com obra de Karl Marx (1818-1883) - "A Miséria da Filosofia". A designação diz respeito a algo não proposto (nem seria recomendado pelo velho) para os acelerados caminhos da corrupção de um país latino-americano. No caso, o Brasil.
Nem se pense que o título em tela tem alguma correlação com obra de Karl Marx (1818-1883) - "A Miséria da Filosofia". A designação diz respeito a algo não proposto (nem seria recomendado pelo velho) para os acelerados caminhos da corrupção de um país latino-americano. No caso, o Brasil.
Dizem que, desde os tempos de João VI, existe corrupção no País. Pode ser, mas nos últimos anos ela foi sistematizada - como se fora um eficiente plano estratégico das elites políticas. Tal sistema indica que seus principais líderes políticos, das esquerdas e direitas tradicionais, estão de mãos juntas. "You scratch my back and I shall scratch yours!" - dizem os ingleses. E "as duas lavam a égua" - diriam políticos nacionais.
De fato, o que se vê na mídia são grandes escândalos: mensalão, Petrobras, sanguessugas, metrô de São Paulo, dentre outros tantos. Faltam investigações sobre o Bndes e os fundos de pensão das estatais - estes mais difíceis de apurar, porquanto entram no complexo jogo das bolsas de valores nacional e internacionais. Na semana que passou, surgiu - como em todas as semanas - uma cruel novidade: o emprego do FGTS, recurso legítimo pertencente diretamente à classe trabalhadora, aplicado em projetos suspeitos do governo federal. Seria algo em torno de R$ 11,4 bilhões.
Não é demais reiterar que esses pantagruélicos escândalos, com epicentro em Brasília, pouco atingem a credibilidade dos políticos gaúchos (dir-se-ia, neste sentido, que o exemplo de honestidade vem dos tempos dos borgistas e dos libertadores).
Hoje, usando uma lupa direcionada para a Assembleia Legislativa e para a Câmara de Vereadores da Capital, pouco se tem a dizer. Quando muito se observa algum parlamentar municipal atuar com ideias velhas, sem palavras de honra - mesmo evocando seus honestos ancentrais. Ademais, por vezes, desrespeitando amizades construídas que muito lhe ajudaram (e ela sabe muito bem disso).
É mais um Eremildo - a que se refere Élio Gaspari.
Economista, ex-vereador, ex-deputado e ex-prefeito de Porto Alegre (PP)
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO