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Venezuela

- Publicada em 07 de Agosto de 2017 às 15:16

Maduro promete punir responsáveis por ataque

Ação opositora em Valencia foi em resposta à implantação da Constituinte

Ação opositora em Valencia foi em resposta à implantação da Constituinte


RONALDO SCHEMIDT/RONALDO SCHEMIDT/AFP/DIVULGAÇÃO/JC
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu que combatentes que atacaram uma base do Exército na manhã de domingo receberão "pena máxima", como parte da estratégia do governo de neutralizar seus inimigos. Dois de 20 combatentes foram mortos ao invadirem a base de Paramacay, na cidade de Valencia, em uma aparente tentativa de fomentar um levante militar, segundo pronunciamento semanal de Maduro na TV estatal. Um invasor ficou ferido, sete foram capturados e dez fugiram.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu que combatentes que atacaram uma base do Exército na manhã de domingo receberão "pena máxima", como parte da estratégia do governo de neutralizar seus inimigos. Dois de 20 combatentes foram mortos ao invadirem a base de Paramacay, na cidade de Valencia, em uma aparente tentativa de fomentar um levante militar, segundo pronunciamento semanal de Maduro na TV estatal. Um invasor ficou ferido, sete foram capturados e dez fugiram.
O ataque veio após a nova Assembleia Constituinte, instalada na sexta-feira, sinalizar em seus decretos iniciais que irá mirar os inimigos de Maduro. A Assembleia, que tem autoridade quase ilimitada para governar e reescrever a Constituição venezuelana, superando todos os demais níveis de governo, votou no sábado pela destituição da procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz.
A medida foi duramente criticada pela União Europeia (UE). A chefe de política externa do bloco, Federica Mogherini, disse ontem que as ações da Assembleia e a remoção da procuradora "enfraqueceram ainda mais as perspectivas de um retorno pacífico à ordem democrática". A UE pediu que Maduro liberte todos os presos políticos e garanta o respeito aos direitos humanos e ao Estado de direito.
Luisa era aliada ao governo de Maduro, mas passou a criticar a administração após a convocação de uma eleição para a Assembleia Constituinte. Ela se recusou a reconhecer a decisão da Constituinte de removê-la do cargo.
Os representantes da Assembleia também estabeleceram uma nova "comissão da verdade" para punir os responsáveis por distúrbios que afetam o país desde o começo de abril. Nos últimos quatro meses, mais de 120 pessoas foram mortas na Venezuela durante violentas manifestações motivadas pela frustração com a escassez de alimentos, o avanço da inflação e os altos índices de criminalidade.
 

Suspensão do Mercosul não afeta comércio, dizem entidades

O presidente da Associação Venezuelana de Exportadores (Avex), Ramón Goyo, e o presidente da Confederação Venezuelana de Industriais (Conindustria), Juan Pablo Olalquiaga, afirmaram que a suspensão do Mercosul não afeta o comércio com os países que formam parte do bloco comercial regional, entre eles, o Brasil. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal local El Universal.
O Mercosul decidiu, no sábado, suspender a Venezuela por ruptura da ordem democrática, em meio à onda de violência relacionada à política no país e após a instalação na sexta-feira da Assembleia Constituinte, rejeitada pela oposição. A Venezuela já estava suspensa pelo não cumprimento das normas de funcionamento do bloco, mas agora a suspensão ocorreu por causa da ruptura da "cláusula democrática".
A Avex lembrou que o país tem convênios firmados com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai que tratam de questões como taxas preferenciais para as trocas no comércio. A Conindustria também garantiu que os empresários não serão afetados pela medida, já que ela não se relaciona às normas para importação e exportação. Em 2016, o maior montante de exportações da Venezuela teve origem no Brasil, que recebeu 90% das vendas oriundas do país.