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INOVAÇÃO

- Publicada em 11 de Setembro de 2017 às 21:15

Novos métodos construtivos reduzem tempo das obras

Lomando aponta facilidade para personalizar ambientes

Lomando aponta facilidade para personalizar ambientes


CLÁUDIO BERGMAN/CLÁUDIO BERGMAN/DIVULGAÇÃO/JC
Foi-se o tempo em que, quando visitavam um imóvel, os compradores davam "batidinhas" na parede para ver se o material era sólido. Hoje, o som oco não é mais considerado sinônimo de baixa qualidade, mas de modernidade. Os novos sistemas construtivos incorporam cada vez mais drywalls, blocos pré-moldados e materiais como o EPS (isopor) na construção de paredes. Esses sistemas ainda são muito novos para os consumidores brasileiros, mas estão ganhando aceitação em ritmo acelerado. A tecnologia drywall, por exemplo, passou a ser empregada no Brasil há pouco mais de 10 anos. Contudo, conforme dados da Associação Brasileira do Drywall, o mercado deste material cresce em torno de 15% ao ano.
Foi-se o tempo em que, quando visitavam um imóvel, os compradores davam "batidinhas" na parede para ver se o material era sólido. Hoje, o som oco não é mais considerado sinônimo de baixa qualidade, mas de modernidade. Os novos sistemas construtivos incorporam cada vez mais drywalls, blocos pré-moldados e materiais como o EPS (isopor) na construção de paredes. Esses sistemas ainda são muito novos para os consumidores brasileiros, mas estão ganhando aceitação em ritmo acelerado. A tecnologia drywall, por exemplo, passou a ser empregada no Brasil há pouco mais de 10 anos. Contudo, conforme dados da Associação Brasileira do Drywall, o mercado deste material cresce em torno de 15% ao ano.
"Somente agora que o mercado quebrou a resistência em comprar imóveis com paredes de drywall. Há pouco tempo, no Brasil, se fazia casa para durar 100 anos, e, mesmo assim, a gente vê várias delas sendo desmanchadas. Nos Estados Unidos, a cultura é outra. Os imóveis são feitos para durar uma geração", diz o coordenador adjunto da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS), Márcio Marun Gomes.
Com métodos cada vez mais industrializados, construir um edifício ficou muito mais rápido. "Uma empresa do Paraná ergueu um prédio de quatro andares em sete dias com paredes pré-moldadas", exemplifica o coordenador operacional do Instituto Tecnológico em Desempenho e Construção Civil (ITT Performance) da Unisinos, Roberto Christ. Essa rapidez só é possível porque as peças chegam prontas e são apenas montadas no canteiro de obras.
Esquadrias padronizadas também diminuem consideravelmente o tempo de execução da obra, segundo o vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), José Luiz Lima Lomando. "Todas as janelas têm as mesmas medidas, então, se falta uma, é só substituir por outra já fabricada", explica. Ele destaca, também, a facilidade de personalizar ambientes. "É fácil incluir ou retirar uma parede pré-moldada. Pode-se, por exemplo, transformar dois quartos em um só sem esforço", completa.

Processos modernos

Tijolos de alta performance têm blocos cerâmicos estruturais

Tijolos de alta performance têm blocos cerâmicos estruturais


GUILHERME GARGIONI/GUILHERME GARGIONI/DIVULGAÇÃO/JC
Além da produtividade, a preocupação com obras mais limpas e seguras é tendência na construção civil. Entre as novidades da 20ª Construsul estão gruas operadas com controle remoto. "Essa mudança é importante para a construtora, por evitar qualquer acidente", ressalta a gerente-geral de uma fabricante de gruas, Yves Souza.
Todo o maquinário para construções se modernizou. É possível ver uma máquina de solda que reduziu seu peso de 30 quilos para cerca de dois quilos, e com economia de energia elétrica. Tijolos com alta performance também foram inovações econômicas apresentadas na feira. "Trabalhamos com blocos cerâmicos estruturais e de vedação com design diferente e específico, com furos verticais, permitindo a passagem de eletrodutos e evitando quebras nas paredes em casos de reparos em algum fio com problema", diz o diretor de uma fábrica de blocos cerâmicos, Juan Carlos Germano.

Tecnologia é aliada da sustentabilidade

A inovação passa, também, pela preocupação com a sustentabilidade. Um dos sistemas apresentado na Construsul, o LightSteel Frame (LSF), montado com estruturas de aço galvanizado, é bastante ecológico. O baixo peso dos materiais reduz a demanda de transporte, não necessita de bases muito profundas no solo, nem de muita água. A construção com o sistema LSF reduz o consumo de energia desde a fabricação dos perfis até a execução do projeto. Assim também ocorre com o Painel SIP, usado em divisórias. Montado com duas placas OSB e um núcleo isolante em EPS, é usado nos Estados Unidos, no Chile e na Europa. Os painéis são prontos para serem instalados, têm isolamento térmico correspondente a uma parede de tijolos de
1.000 mm de espessura, são resistentes ao fogo e ecossustentáveis.

Para saber mais

Quem se interessa em conhecer exemplos de novos sistemas construtivos tem uma boa amostra no catálogo do Sinat - Sistemas Convencionais e Inovadores, mantido pelo Ministério das Cidades. Para conhecer os ensaios dos dois tipos - convencionais e inovadores -, basta se cadastrar no site app.cidades.gov.br/catalogo.
São considerados inovadores os sistemas que não sejam objeto de norma brasileira prescritiva e não tenham tradição de uso no País. Os demais, já reconhecidos pelas normas da ABNT, são tratados como convencionais. No portal, é possível conhecer exemplos de projetos de pré-moldados de concreto armado, paredes maciças moldadas com polímero e armadura de vidro protegida com poliéster, painéis pré-fabricados mistos de concreto armado e blocos cerâmicos, Light Steel Frame com fechamento em chapas OSB, entre outros.