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Economia

- Publicada em 29 de Agosto de 2017 às 18:24

Tensão reduzida no exterior e espera por Congresso deixam dólar estável

Agência Estado
Menor aversão ao risco no exterior reduziu o movimento comprador do dólar ante o real, que passou a operar de lado praticamente durante toda a tarde desta terça-feira (29). Especialistas de mercado apontaram um movimento de compasso de espera por uma agenda importante de votações no Congresso e dados econômicos nos EUA ao longo da semana. Durante a manhã, a moeda americana operou em alta na sequência de maior busca por proteção, após a Coreia do Norte ter disparado um míssil que sobrevoou o Japão antes de cair no mar.
Menor aversão ao risco no exterior reduziu o movimento comprador do dólar ante o real, que passou a operar de lado praticamente durante toda a tarde desta terça-feira (29). Especialistas de mercado apontaram um movimento de compasso de espera por uma agenda importante de votações no Congresso e dados econômicos nos EUA ao longo da semana. Durante a manhã, a moeda americana operou em alta na sequência de maior busca por proteção, após a Coreia do Norte ter disparado um míssil que sobrevoou o Japão antes de cair no mar.
Após a moeda americana estressar mais cedo com os desdobramentos em torno da Coreia do Norte, o dólar ante o iene - moeda considerada porto seguro - inverteu tendência e passou a subir no início da tarde. O movimento abriu espaço ante outras moedas consideradas seguras, o que levou o Dollar Index - que mede a divisa dos EUA ante seis moedas fortes - a subir 0,14%, após ter recuado mais de 0,50% pela manhã.
"O dólar conseguiu voltar ao patamar anterior porque o mercado está em lua de mel com a percepção de que a economia está descolada do político. O câmbio deve se manter neste patamar até que seja divulgada alguma notícia que gere algum alerta", pontuou o diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira.
Para o analista da Rio Gestão de Recursos Bernard Gonin, um dos fatores que têm deixado o mercado de lado é o aguardo pela segunda denúncia contra o presidente Michel Temer que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderá apresentar. "Embora a segunda denúncia possa vir menos forte que a primeira, esse é um motivo que tem deixado o dólar sem direção única ao longo da sessão", explicou o analista.
No entanto, as atenções dos investidores continuam focadas às votações no Congresso. O compasso de espera reflete principalmente o aguardo pela conclusão da votação da Taxa de Longo Prazo (TLP) no plenário da Câmara, que só deve acontecer após o Congresso votar os vetos presidenciais que estão trancando a pauta. Após o fechamento do mercado, foi divulgado que a votação dos destaques da TLP ficará para amanhã. Está prevista ainda para hoje a votação sobre a revisão da meta fiscal na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
O analista da Rio Gestão lembrou também uma agenda importante de dados no exterior esta semana, com destaque para a criação de vagas no setor privado e a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre, amanhã, e o relatório de emprego (payroll) na sexta-feira.
No mercado à vista, o dólar terminou em alta de 0,04%, aos R$ 3,1655. O giro financeiro somou US$ 1,49 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1588 (-0,16%) e, na máxima, aos R$ 3,1763 (+0,38%).
No mercado futuro, o dólar para setembro caiu 0,11%, aos R$ 3,1665. O volume financeiro movimentado somou US$ 12,60 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1600 (-0,31%) a R$ 3,1780 (+0,56%).
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