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mercado de capitais

- Publicada em 27 de Agosto de 2017 às 20:25

Fundo que une ações e renda fixa é opção para começar a arriscar

Fundos multimercados se consolidam como os 'queridinhos' da hora

Fundos multimercados se consolidam como os 'queridinhos' da hora


MARCELLO CASAL JR/MARCELLO CASAL JR./ABR/JC
Considerados como a porta de entrada para a renda variável, os fundos multimercados vão se consolidando como os queridinhos do investidor que não se contenta mais com a rentabilidade dos CDBs e títulos do Tesouro Direto. Apenas nos primeiros sete meses do ano, os fundos registraram captação líquida de R$ 48,5 bilhões, 143,5% mais do que todo o ano de 2016, quando foram levantados R$ 19,9 bilhões.
Considerados como a porta de entrada para a renda variável, os fundos multimercados vão se consolidando como os queridinhos do investidor que não se contenta mais com a rentabilidade dos CDBs e títulos do Tesouro Direto. Apenas nos primeiros sete meses do ano, os fundos registraram captação líquida de R$ 48,5 bilhões, 143,5% mais do que todo o ano de 2016, quando foram levantados R$ 19,9 bilhões.
Essa opção de investimento mistura em um mesmo pacote renda fixa, ações ou moedas, e com ela é possível obter retornos maiores do que apenas com a renda fixa.
O motivo para essa procura é o desempenho da aplicação. Ao longo dos últimos anos, o Índice Ibovespa, principal referência no mercado brasileiro de ações, teve diversos altos e baixos, mas muitos fundos multimercados conseguiram gerar ganhos sem passar por esses percalços. "É possível tomar mais risco evitando toda a volatilidade que esses índices sugerem", diz o economista da Rio Bravo, Eduardo Levy.
Para o professor de finanças da FGV, William Eid, a dica é poupar um pouco mais para conseguir entrar em fundos maiores. O especialista destaca os fundos multimercado da Verde Asset e o da Garde D'Artagnan, ambos com perfis mais agressivo e aporte mínimo de R$ 50 mil.
Professora de finanças do Insper, Juliana Inhasz recomenda olhar as taxas de retorno nos últimos seis ou oito meses e comparar como o fundo se comportou. "Fundos que registram boa performance geralmente têm boa gestão, mas também têm taxas maiores", conta. O problema, segundo a professora, é que esses investimentos são mais sensíveis ao cenário econômico e também requerem sangue frio.
O investidor que busca opções consideradas mais arrojadas se depara com nomes menos conhecidos no mercado, como as debêntures e os Certificados de Recebíveis Imobiliário e Agrícola (CRI e CRA), por exemplo.
Os CRIs, CRAs, assim como as debêntures, são títulos de dívida de empresas que serão pagos no médio ou longo prazo. Eles também integram o time da renda fixa e funcionam como um empréstimo para a companhia.
Porém, quem se responsabiliza pelo pagamento é a própria instituição, e não mais o banco que emitiu o papel. Logo, não há garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), e o risco é maior. Por outro lado, CRIs, CRAs e algumas debêntures oferecem isenção de Imposto de Renda (IR).
O professor Eid, da FGV, lembra que ainda há poucas opções de debêntures. O total investido nesses papéis era de R$ 258 bilhões em julho, alta de 3,78% sobre o mesmo mês de 2016. Para CRIs, o avanço foi de 10,26%, e o estoque somava R$ 72 bilhões na mesma comparação.

Bolsa avança 3,43% na semana

A bolsa brasileira encerrou na sexta-feira sua melhor semana desde meados de julho, avançando 3,43% e mantendo-se próxima ao maior patamar desde janeiro de 2011. O otimismo dos investidores foi sustentado, segundo analistas, pelos anúncios das privatizações e pela aprovação da nova taxa de juros de referência para os empréstimos do Bndes, a Taxa de Longo Prazo (TLP). O índice Ibovespa recuou apenas 0,08%, aos 71.073 pontos.
O dólar comercial também teve sessão instável, mas fechou em alta de 0,28%, cotado a R$ 3,156. Na semana, a moeda norte-americana apreciou-se em 0,28% frente à divisa brasileira.
BM&FBOVESPA/DIVULGAÇÃO/JC
 

Sites que operam como robôs se popularizam e ajudam a investir

Diante da variedade de aplicações disponíveis no mercado financeiro, uma novidade que começou a se popularizar são os robôs de investimento. Por meio de algoritmos, eles avaliam a tolerância do investidor ao risco e o ajudam a montar uma carteira personalizada de investimentos. Há até aqueles que fazem a compra e a venda automática de ativos.
Oi Warren, Monetus, Magnetis (parceira da corretora Easyinvest), Alkanza - plataforma da corretora Rico (controlada pela XP Investimentos) - e Vérios (também parceira da Rico) são algumas das opções.
As aplicações mínimas variam, e há opções entre R$ 100,00 e R$ 12 mil. Os custos vão de 0,5% até 0,85% ao ano sobre o valor investido, mais taxas de custódia (no caso do Tesouro Direto). "Robôs ajudam quando oferecem auxílio profissional a um custo mais baixo, mas a competência dos profissionais que programam é que vai determinar o sucesso da estratégia", diz o planejador financeiro Valter Police, da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, a Planejar. Para CRAs, o estoque saltou 116,21% na mesma base e era de R$ 24 bilhões em julho.

Novo presidente da CVM cobra atuação isenta e técnica

O novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, ressaltou que a autarquia não pode se afastar da leitura técnica. "A aplicação da norma por parte da CVM deve ser feita de forma isenta e técnica, com o pleno entendimento de que o direito aplicável é aquele que se extrai da norma, o qual nem sempre será aquele mais conveniente a uma parte ou outra", disse Barbosa, em discurso no Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela B3 (empresa resultante da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip).
Barbosa disse que, se a CVM se afastar da decisão técnica, ela pode criar um cenário de incerteza. "Devemos sempre procurar nas regras existentes soluções", afirmou. Apenas quando isso não for possível, ou seja, quando as normas existentes não forem suficientes, é que se deve discutir a criação de novas regras. "Se não for assim empregaremos o nosso já escasso tempo de forma ineficiente, deixando desatendidos outros assuntos importantes", afirmou.
Nesse sentido, ele destaca que a revisão de algumas instruções precisará ser enfrentada em breve, como a 461, que disciplina os mercados organizados e o funcionamento de bolsa de valores.
Essa necessidade, segundo ele, ocorre pelo próprio desenvolvimento desse mercado, especialmente após a fusão da BM&FBovespa e da Cetip, que criou a B3. "Esse processo está em andamento", lembrou o executivo.