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Economia

- Publicada em 20 de Agosto de 2017 às 17:19

Petrobras interrompe parte da produção de gasolina na Refap em Canoas

Paralisação em unidade que produz gasolina na refinaria em Canoas seria temporária

Paralisação em unidade que produz gasolina na refinaria em Canoas seria temporária


ADRIANO LEAL/DIVULGAÇÃO/JC
A Petrobras decidiu parar a produção de gasolina em uma das duas unidades da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) em Canoas a partir de hoje. Uma nota no site da estatal informa que a decisão foi comunicada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última sexta-feira e atinge a Unidade de Craqueamento Catalítico Fluido (UFCC).
A Petrobras decidiu parar a produção de gasolina em uma das duas unidades da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) em Canoas a partir de hoje. Uma nota no site da estatal informa que a decisão foi comunicada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última sexta-feira e atinge a Unidade de Craqueamento Catalítico Fluido (UFCC).
A unidade, que teve sua produção interrompida, de acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro), produz, diariamente, cerca de 2,7 mil metros cúbicos de óleo intermediário, utilizado na fabricação de gasolina e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), também conhecido como gás de cozinha. No total, a Refap tem capacidade para processar 32 mil metros cúbicos de petróleo por dia.
Segundo a empresa, a paralisação é temporária e busca cumprir uma liminar judicial. Além disso, o comunicado descarta "impactos relevantes nos resultados financeiros da companhia". "A produção suspensa será compensada por modal marítimo", explica a Petrobras, que, por meio de sua assessoria de imprensa afirma não ter prazo definido para a retomada, que depende da aceitação do recurso que a companhia ingressou na Justiça.
O presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia da Costa, explica que, como os estoques da companhia estão altos e a empresa afirma que enviará produto por modal marítimo para o Estado, o abastecimento do mercado local não deve ser afetado, em um primeiro momento. "O problema é que está ocorrendo sobrecarga de trabalho na unidade. São necessárias ao menos 60 pessoas para manter a atividade local, por turno, mas há um carência média de 12 pessoas a cada turno, então está ocorrendo sobrecarga em todos os turnos, todos os dias, para poder cumprir esse número, o que é um risco", alerta Costa.
A paralisação na unidade revela uma disputa entre a estatal e a categoria dos petroleiros, e que acabou indo ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, com sede em Porto Alegre. Na nota no site, a Petrobras informa que, em 2014, começou o estudo de Organização e Métodos de Trabalho (O&M), que serviria para avaliar a demanda e a frequência das atividades dos técnicos de operação.
Desta vez, pesou o laudo de uma inspeção realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) demonstrando que "a redução expunha os trabalhadores e trabalhadoras a risco de acidentes", diz o sindicato, alegando que a carência de pessoal se acentuou após dois programas de demissões voluntárias adotados pela empresa desde 2012.
A Petrobras reforça seu compromisso com a operação de suas instalações em conformidade com os mais rigorosos procedimentos da indústria de petróleo mundial. "A empresa reafirma que o estudo de O&M para a área de operação das unidades de Refino e Fertilizantes resultou em número de trabalhadores necessário e suficiente para garantir a segurança, a confiabilidade e a eficiência de suas plantas industriais", diz a nota. A estatal ainda diz que o estudo abrangendo todas as refinarias de sua propriedade no País não teria gerado redução de pessoal, depois de começar a ser executado em maio.
O Sindipetro-RS questionou o impacto da revisão da alocação de pessoal na Refap, denunciou que o número não estava atendendo a necessidades de segurança e acabou solicitando a suspensão do O&M à Justiça do Trabalho. A primeira decisão ocorreu no fim de julho, a estatal cumpriu suspendendo a redução de técnicos, mas depois teria retomado as alterações, segundo o Sindipetro-RS. Em 10 de agosto, o desembargador do TRT4 Marcelo José Ferlin D'Ambroso confirmou a liminar para que a empresa não mudasse o efetivo.
O desembargador determinou que a SRTE e ANP fiscalizem o cumprimento da liminar. No despacho, D'Ambroso alertou "aos riscos de acidentes graves ou fatais, cuja dimensão, no âmbito de uma refinaria de petróleo, pode atingir proporções de desastre ambiental e humano".
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