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Economia

- Publicada em 10 de Agosto de 2017 às 10:12

Riachuelo tem maior lucro da história para primeiro semestre

Mantido o ritmo, a empresa poderá retomar os planos para inaugurações em 2017

Mantido o ritmo, a empresa poderá retomar os planos para inaugurações em 2017


CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
Estadão Conteúdo
A rede varejista Riachuelo teve o maior lucro da sua história em um primeiro semestre. Parte do grupo Guararapes, que também tem fábricas e uma empresa de crédito ao consumidor, a companhia lucrou R$ 82,3 milhões, mais do que o dobro dos R$ 36,3 milhões no mesmo período do ano passado. As vendas da rede cresceram 8,7% entre abril e junho de 2017, maior alta trimestral desde o terceiro trimestre de 2013. O indicador refere-se a lojas abertas há mais de um ano.
A rede varejista Riachuelo teve o maior lucro da sua história em um primeiro semestre. Parte do grupo Guararapes, que também tem fábricas e uma empresa de crédito ao consumidor, a companhia lucrou R$ 82,3 milhões, mais do que o dobro dos R$ 36,3 milhões no mesmo período do ano passado. As vendas da rede cresceram 8,7% entre abril e junho de 2017, maior alta trimestral desde o terceiro trimestre de 2013. O indicador refere-se a lojas abertas há mais de um ano.
A receita líquida chegou a R$ 1,6 bilhão, montante 10% mais alto que o do mesmo período do ano anterior. Mantido o ritmo, a empresa poderá retomar os planos para inaugurações. Até a crise que atingiu a economia, no fim de 2014, a Riachuelo abria cerca de 40 lojas por ano. Este ano, serão apenas 12, além de 40 remodelações.
Flávio Rocha, presidente da rede, afirmou que ela pode "voltar à normalidade" nos investimentos, após a freada dos últimos dois anos. Segundo ele, a retomada depende também do retorno nos investimentos por parte dos shoppings.
Além do cenário econômico, com a previsão de uma pequena melhora na taxa de emprego e a redução dos juros, a empresa aproveitou a crise para se reestruturar. No ano passado, a Riachuelo investiu R$ 200 milhões em seu centro de distribuição em Guarulhos. "Agora, o produto vai sendo enviado à medida que a loja vende, o que otimiza cada centímetro de arara. A mudança na distribuição é o equivalente a sair do caminhão-pipa para (adotar) água encanada", disse ao Estadão/Broadcast.
Rocha credita o desempenho do primeiro semestre a esse novo centro logístico, que, desde setembro, abastece toda a rede. Com ele, as substituições de produtos nas lojas passaram a ser definidas com a informação em tempo real das vendas. Os caminhões da rede agora visitam todas as unidades pelo menos três vezes por semana, repondo os itens mais demandados. Esse sistema também guia a produção industrial, que pode redefinir suas prioridades pelas peças que tiverem melhor aceitação.
Rocha comparou o novo modelo de atuação da companhia a um espelho d’água amplo e raso: os produtos evaporam mais rápido nas prateleiras. O oposto seria um poço profundo, em que sobram peças antigas nas araras. A redução de estoques ajudou na melhoria da rentabilidade. Na operação de varejo da Riachuelo, a margem cresceu 2,5 pontos porcentuais no segundo trimestre de 2017 ante igual período do ano anterior.
O lançamento da operação de comércio eletrônico também contribuiu para o resultado, embora ainda não em todo o seu potencial, já que as vendas passaram a ocorrer apenas no último mês do segundo trimestre. A operação online recebeu investimentos de R$ 28 milhões. O novo conceito de distribuição exigiu ainda uma mudança de mentalidade administrativa de todo o grupo Guararapes. As premiações por resultados, por exemplo, deixaram de ser feitas por setor.
O novo centro de distribuição também ganhou uma estrela: um robô de 18 metros de altura que separa os pedidos, peça a peça, e não mais por grades de tamanho. Assim, as lojas só recebem o que precisa, evitando encalhes. 
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