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Conjuntura

- Publicada em 09 de Agosto de 2017 às 20:26

Presidente do Bndes pederapidez para as reformas

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Paulo Rabello de Castro, afirmou, ontem, que o Brasil precisa superar sua "incompetência" para realizar as reformas consideradas necessárias ao equilíbrio das contas públicas e à retomada do crescimento da economia. Ele discursou no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Paulo Rabello de Castro, afirmou, ontem, que o Brasil precisa superar sua "incompetência" para realizar as reformas consideradas necessárias ao equilíbrio das contas públicas e à retomada do crescimento da economia. Ele discursou no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro.
"Tempo esgotado para a nossa incompetência para fazer as reformas tributária e da Previdência, mal uma reforma trabalhista e, principalmente, tempo esgotado para a nossa incapacidade de fazer o custo do sistema da máquina pública caber no PIB dos brasileiros. Precisamos assumir o que não fazemos certo e partir para o conserto. Espero que o Brasil sobre para nós. O Brasil é melhor do que as nossas neuroses coletivas. O Brasil precisa levantar-se", disse.
Ele fez uma exortação à união de esforços para o crescimento do País. "Precisamos enfrentar os resultados dessa recessão, que já passou, não tenha dúvida. Mas (o Brasil) sai (da crise) para o quê, se não é para abrir mercados?", disse, ao falar de investimentos com vistas ao aumento das exportações.
Rabello de Castro também criticou a possibilidade de aumento do Imposto de Renda - já descartada oficialmente, na terça-feira, pelo presidente Michel Temer (PMDB). E mencionou críticas à idoneidade das decisões do Bndes na liberação de desembolsos para grandes empresas. "O banco tem 65 anos e não vai se aposentar. Não vai abaixar a cabeça diante de espúrias acusações."
O presidente do Bndes disse que a escolha como dealer de operações compromissadas do Banco Central (BC) dá proeminência à instituição de fomento. "Em primeiro lugar, nem todos têm essa condição de dealer. Isso dá proeminência. Em segundo lugar, isso nos dá a possibilidade de ganhar algum spread e também musculatura em operações que não são só de colocação de papéis do governo, mas também, eventualmente, em colocação de papéis do próprio Bndes", afirmou, ao deixar a abertura do Enaex 2017.
O presidente do Bndes também refutou a possibilidade de a escolha do banco de fomento como dealer de operações compromissadas do Banco Central ter a ver com a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). "O Bndes está à vontade com esse assunto da TLP, como, aliás, foi objeto do meu posicionamento lá, assinando documento", afirmou Rabello de Castro.
 

Temer projeta Selic em 7,5% até o final do ano

Michel Temer destacou a necessidade de diminuir a burocracia

Michel Temer destacou a necessidade de diminuir a burocracia


TÂNIA RÊGO /TÂNIA RÊGO/ABR/JC
O presidente da República, Michel Temer, exaltou ontem os indicadores econômicos dos últimos meses, ressaltando que eles são uma mostra de que o País está no rumo certo após a contração dos últimos anos. "Pegamos uma inflação com mais de 10%, e hoje ela está abaixo de 3,0%. Baixamos a Selic, e tudo indica que ela esteja em 7,5% até o fim do ano", declarou, ao participar da abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro. "Trabalhamos para que os juros reais se compatibilizem com a queda da inflação", acrescentou.
No evento, o presidente notou a necessidade de diminuir a burocracia no País e de se investir mais em infraestrutura para impulsionar o crescimento econômico. "No breve período de nosso governo procuramos desburocratizar a economia, o que é essencial para empreender", disse. "Estamos simplificando os processos do comércio exterior. Não bastam safras recordes, é preciso infraestrutura condizente com vigor de nosso setor produtivo."
O presidente afirmou ainda que busca uma política comercial mais racional e menos ideológica com seus parceiros. Esse empenho, disse, começa no Mercosul, mas também se aplica à Aliança para o Pacífico e a outros parceiros de peso. "Tudo isso é possível com as reformas que estamos fazendo", complementou.
Temer disse ainda que quer mostrar para o mundo seu empenho reformista aprovando mudanças na Previdência, nos sistemas tributário e eleitoral. "Ajustamos a pauta de reformas para esse semestre. Se completarmos o ciclo dessas três reformas, teremos 2018 mais próspero e desenvolvido para nosso País."