Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 07 de Agosto de 2017 às 18:31

Calçadistas exportam 67,4 milhões de pares

Produto brasileiro perde competitividade com a valorização do real

Produto brasileiro perde competitividade com a valorização do real


/ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC
As exportações brasileiras de calçados registraram incremento de 14,7% em valores gerados no comparativo entre janeiro e julho deste ano com o mesmo período de 2016. Nos setes meses foram embarcados 67,4 milhões de pares que geraram US$ 608 milhões. Em volume, o número é 1,3% maior do que o registro do ano passado, o que é explicado pela alta no preço médio do produto verde-amarelo (de quase 12%).
As exportações brasileiras de calçados registraram incremento de 14,7% em valores gerados no comparativo entre janeiro e julho deste ano com o mesmo período de 2016. Nos setes meses foram embarcados 67,4 milhões de pares que geraram US$ 608 milhões. Em volume, o número é 1,3% maior do que o registro do ano passado, o que é explicado pela alta no preço médio do produto verde-amarelo (de quase 12%).
O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, destaca que a valorização do real frente ao dólar tem tornado o preço do calçado brasileiro menos competitivo no exterior. "No Brasil, existe uma situação na qual o câmbio, muitas vezes, acaba sendo compensador para o nosso enorme custo de produção, trazendo algum ganho de competitividade no exterior. Em 2017, estamos convivendo com uma valorização da moeda nacional, o que é sintoma de uma economia mais saudável, mas o problema é que, como seguimos com um custo de produção elevado, terminamos por perder competitividade diante dos nossos competidores internacionais", explica Klein, ressaltando que o preço médio do calçado brasileiro pulou quase US$ 2 entre 2016 e 2017.
Nos sete primeiros meses do ano, o principal destino do calçado brasileiro foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 6,2 milhões de pares que geraram US$ 111,64 milhões, quedas de 11% e 7,7%, respectivamente, no comparativo com o mesmo ínterim do ano passado. O segundo destino foi a Argentina, para onde foram enviados 5,17 milhões de pares por US$ 75,72 milhões, altas de 16,7% e 47,6%, respectivamente, no comparativo com mesmo período de 2016.
O terceiro destino das exportações foi o Paraguai, que ultrapassou compradores tradicionais como França e Bolívia. Nos sete meses do ano, os paraguaios importaram 8 milhões de pares por US$ 46,8 milhões.
Entre janeiro e julho, o principal exportador de calçados do Brasil seguiu sendo o Rio Grande do Sul. No período, os gaúchos embarcaram 15,7 milhões de pares que geraram US$ 261 milhões, altas de 2,4% e 10,7%, respectivamente, no comparativo com mesmo período de 2016. Atualmente, o Rio Grande do Sul responde por 43% do total gerado com exportações de calçados no Brasil.
O segundo maior exportador do período foi o Ceará, que exportou 25,3 milhões de pares que geraram US$ 145,78 milhões, altas de 1,5% e 7,3%, respectivamente, na relação com os sete primeiros meses de 2016.
O terceiro exportador do Brasil no período foi São Paulo. Nos sete primeiros meses, os paulistas embarcaram 4,72 milhões de pares por US$ 69,74 milhões, queda de 17% em volume e alta de 11,3% em receita no comparativo com mesmo ínterim de 2016.
A desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar também tem surtido efeito nas importações de calçados. Com o calçado estrangeiro mais barato, a entrada de produtos cresceu 5,2% em pares e 1,1% em dólares nos primeiros sete meses - em comparativo a igual período de 2016. Entre janeiro e julho, entraram, no Brasil, 14,76 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 199,5 milhões.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO