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Conjuntura

- Publicada em 01 de Agosto de 2017 às 20:16

Reformas são essenciais para a estabilização e a retomada

A incerteza sobre o ritmo das reformas parece ser o principal risco em torno do cenário básico para a inflação. A avaliação consta da mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem pelo Banco Central (BC). "A incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia principalmente das fiscais e creditícias permanece como fator de risco principal", cita o documento.
A incerteza sobre o ritmo das reformas parece ser o principal risco em torno do cenário básico para a inflação. A avaliação consta da mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem pelo Banco Central (BC). "A incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia principalmente das fiscais e creditícias permanece como fator de risco principal", cita o documento.
A ata do BC não menciona, mas, na agenda de reformas do governo, a da Previdência gerará forte impacto no resultado fiscal com melhoria das contas públicas no longo prazo. Já a mudança da Taxa de Longo Prazo (TLP) - em substituição à Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) - é considerada importante no mercado de crédito, o que melhoraria a potência da política monetária. Apesar disso, a reforma da Previdência tem patinado no Congresso, e a TLP tem sido alvo de críticas dentro do próprio governo.
Ainda sobre os riscos, o Copom cita que o quadro externo continua favorável no momento, mas permanecem riscos sobre o processo de normalização da política monetária nos Estados Unidos, mudanças da política econômica em grandes economias e, nesse ambiente, a possível redução do apetite ao risco por ativos de mercados emergentes.
O BC também repete a avaliação de que a retomada da economia pode "ser mais ou menos demorada e gradual do que a antecipada". Para o grupo, o processo de estabilização da economia brasileira parece ter se consolidado. "Avaliaram também que, apesar de uma recuperação gradual ser o mais provável, o ritmo de retomada da atividade econômica ainda permanece incerto", cita o documento.
O Copom comenta ainda sobre um risco que pressiona a inflação ainda mais para baixo. No parágrafo 11, os membros do BC citam que a acentuada desinflação dos preços de alimentos e de preços industriais "pode ter efeitos secundários, isto é, além do impacto direto na inflação".
"Notadamente, essa desinflação pode contribuir para quedas adicionais das expectativas de inflação e da inflação em outros setores da economia", cita o trecho dentro do item "riscos em torno do cenário básico para a inflação".

Temer diz que saque de contas inativas foi ação 'criativa e de sucesso'

No dia que antecedeu a sessão que deve apreciar a denúncia contra ele por corrupção passiva, o presidente Michel Temer voltou a usar o recurso de vídeo para exaltar feitos do governo. Desta vez, o assunto escolhido foi a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), que ele classificou como criativa.
No vídeo, Temer aproveitou para fazer um afago à sua equipe econômica, que chamou de "heróis". Ao enaltecer a medida, o presidente destacou novamente que sua preocupação central é com a retomada do emprego e disse que lutará por isso "até o último dia do meu governo".
Sem citar a situação política que vive, Temer afirmou apenas que terá força para enfrentar as "injustiças". "Administrar um país é administrar prioridades, e, quando a prioridade é para os que mais precisam, o dever cumprido fica prazeroso e nos dá força para enfrentar outras injustiças", disse, destacando que o Brasil "não pode, não deve e não vai parar".
"No que depender do seu presidente, podem estar certos, disposição e coragem não me faltarão para melhorar e reformar o que for preciso", completou. Dirigindo-se aos espectadores novamente como "meus amigos e minhas amigas", Temer fez um balanço do saque das contas inativas, que teve o prazo encerrado na segunda-feira, e disse que a ação foi um "sucesso". "Uma ação criativa e que deu um extraordinário resultado", disse.
Temer afirmou ter "a coragem e a iniciativa" de encomendar a medida que resultou em aproximadamente R$ 43 bilhões que foram repassados a cerca de 25 milhões de contribuintes. "Por um lado, era uma ação simples, bastava devolver o dinheiro aos seus verdadeiros donos. Simples para mim, simples para você, mas entrava governo, saía governo e nunca ninguém pensou nisso. Nunca ninguém fez nada. Ficava aquele dinheirão parado", afirmou. Em um estilo diferente, Temer se nomeou "gestor responsável" e disse que é preciso inovar. "Têm horas que tem que ter a sensibilidade e perceber que devolver para sociedade o que lhe pertence é a obrigação de um gestor responsável."

INSS convoca 55,1 mil beneficiários para reavaliação do auxílio-doença

O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) convocou 55.152 beneficiários que recebem o auxílio-doença e que não foram encontrados pelos Correios a entrar em contato para a reavaliação do proveito. A convocação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Os beneficiários chamados, que tiveram as cartas de convocação retornadas por inconsistência de endereço, têm até cinco dias para entrar em contato com o INSS. Eles precisam passar, novamente, por perícia médica e, caso não respondam ou não compareçam na data agendada, terão o benefício suspenso.
A ação faz parte da operação pente-fino, que o instituto faz sobre os benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), até o dia 14, foram realizadas 199.981 perícias, que resultaram em 159.964 auxílios cancelados.
O não comparecimento dos convocados levou ao cancelamento de outros 20.304 benefícios. Ao mesmo tempo, 31.863 segurados tiveram os benefícios convertidos em aposentadoria por invalidez, 1.802 em auxílio-acidente, 1.058 em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5.294 pessoas foram encaminhadas para reabilitação profissional.
A economia anual estimada até o momento é de R$ 2,6 bilhões. Ao todo, o MDS calcula que 530.191 benefícios de auxílio-doença serão revisados até setembro. Após esse período, o foco deve se voltar para os cerca de um milhão de aposentados por invalidez que têm menos de 60 anos. O governo tem até dezembro de 2018 para completar essa revisão.