Com première mundial no Festival de Berlim deste ano, Últimos dias em Havana arrebatou três prêmios no Cine Ceará, entre eles, o de melhor direção. Definido pelo diretor Fernando Pérez como um drama alegre, o filme é essencialmente sobre a amizade, tendo a capital de Cuba como pano de fundo.
Patricio Wood interpreta Miguel, um morto-vivo que, mesmo tendo saúde para se movimentar, está paralisado e prisioneiro de si próprio. Ele nunca converte seus desejos emoções. Jorge Martínez interpreta Diego, um moribundo cheio de vida e bom humor. Embora imobilizado sobre uma cama, o personagem se move o tempo todo: na imaginação, na atitude. Apesar da doença, quer desfrutar dos prazeres da vida.
Pérez (Havana, 1944) é um dos mais reputados cineastas cubanos vivo, com uma obra de reconhecimento internacional, vencedora de prêmios Goya. Formado como assistente de direção no ICAIC e com uma longa trajetória como documentarista nos anos 1970, foi discípulo de Tomás Gutiérrez Alea (Titón), a quem presta homenagem em Últimos dias em Havana, seu oitavo longa de ficção.