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Porto Alegre, sexta-feira, 25 de agosto de 2017. Atualizado �s 13h48.

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festival de gramado

Not�cia da edi��o impressa de 25/08/2017. Alterada em 25/08 �s 13h50min

Olhar feminino predomina no Festival de Cinema de Gramado

Dira Paes recebe o Trof�u Oscarito nesta sexta-feira

Dira Paes recebe o Trof�u Oscarito nesta sexta-feira


DANIEL ARATANGY/REVISTA GOL-TRIP EDITORA/DIVULGA��O/JC
Caroline da Silva, de Gramado
Realmente, as mulheres - e suas realizações, criações, olhares e opiniões - estão com tudo no Festival de Cinema de Gramado deste ano. Na noite desta sexta-feira, a diva do cinema brasileiro Dira Paes será agraciada com o Troféu Oscarito, dedicado aos grandes atores e atrizes do cinema nacional. Com 33 anos de carreira e mais de 40 filmes no currículo, a paraense já recebeu um Kikito em 2003, como melhor atriz coadjuvante, pelo longa Noite de São João, do falecido diretor gaúcho Sérgio Silva, e também em 2011, como melhor atriz, pelo curta Ribeirinhos do asfalto, de Jorane Castro. Ela participou de obras emblemáticas de nossa cinematografia, como Anahy de las misiones (1997), Cronicamente inviável (2000), Amarelo Manga (2002), Dois filhos de Francisco (2005), Baixio das bestas (2007) e À beira do caminho (2012), sendo o mais recente Redemoinho, deste ano.
Após a homenagem, será projetado na tela um título com uma outra grande intérprete: Camila Morgado. Ela tem uma personagem bastante dramática no longa brasileiro - coprodução com Argentina - Vergel, de Kris Niklison. A atriz faz o papel de uma mulher que quase vai à loucura devido a um luto repentino, com trâmites funerários e outros elementos perturbadores que a fazem se confundir na distinção entre realidade e distúrbios.
O título encerra a mostra competitiva nacional, que, em sua maioria, tem nos roteiros intensas personagens femininas, o que deixa na mão do júri a difícil escolha dos destaques de atuação para as mulheres. Todos os vencedores serão conhecidos na cerimônia de sábado à noite, no Palácio dos Festivais. O Canal Brasil e a TVE transmitem a premiação.

Panoramas via retratos

A tarde da crítica Ivonete Pinto na quarta-feira, em Gramado, foi cheia. Ela lançou a obra Bernardet 80: Impacto e influência no cinema brasileiro (Paco Editorial, 227 págs., R$ 40,00), da qual é organizadora ao lado de Orlando Margarido, para depois participar da mesa-redonda As mulheres na crítica de cinema do Brasil, proposta pela ACCIRS, que deixou a sala lotada. "Uma atividade sobre gênero - acho legal que o festival reproduza o que a sociedade está querendo", comentou a professora do curso de Cinema e Audiovisual da UFPel e uma das editoras da revista Teorema.
Sobre a competição em Gramado, nesta 45ª edição, faltando ainda três sessões a serem exibidas, ela ainda apostava no que estaria por vir: "Mas do que veio, a minha visão é bastante crítica. Em relação à mostra de títulos estrangeiros, sobre os filmes argentinos, principalmente, sempre jogamos muita expectativa, porque eles têm uma cinematografia rica, em quantidade e qualidade, então esperamos que venha o melhor da Argentina para cá". Ivonete disse estar desapontada com Sinfonia para Ana, projetado na noite da terça-feira. "Tinha uma sinopse interessante, jovens na época do peronismo, e é um filme velho! Um festival não pode apresentar uma proposta dessas de um cinema velho, que traz uma trilha sonora que nem em novela se usa mais."
Ivonete elogiou a diversidade da mostra de curtas nacionais: "É uma tendência, pelo número maior de filmes. Vi uma pérola, O quebra-cabeça de Sara, de Allan Ribeiro. "É uma historinha concisa, uma personagem circunscrita a um cenário, e há todo um panorama sobre uma classe social e todo um pensamento sobre gênero, que às vezes no longa-metragem os realizadores não conseguem alcançar". Segundo ela, esse assunto é do interesse do diretor, e com este filme, dá uma reviravolta na sua própria obra, "por que faz um contraponto com esta protagonista que tem um preconceito. É um ponto alto para o festival".
Até o momento da entrevista, a crítica citou duas produções interessantes entre os longas brasileiros: As duas Irenes e Como nossos pais, porém ainda esperava assistir a grandes narrativas.
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