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Porto Alegre, ter�a-feira, 22 de agosto de 2017. Atualizado �s 22h52.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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Festival de Gramado

Not�cia da edi��o impressa de 23/08/2017. Alterada em 22/08 �s 17h15min

Longas brasileiros se destacam no Festival de Cinema de Gramado

As duas Irenes  arrebatou p�blico e cr�tica no evento

As duas Irenes arrebatou p�blico e cr�tica no evento


FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO/FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO/DIVULGA��O/JC
Caroline da Silva, de Gramado
Está mais "nacional" do que nunca a 45ª edição do Festival de Cinema de Gramado. A seleção da mostra competitiva de longas brasileiros reúne títulos de fôlego, produções qualificadas, jovens realizadores e também cineastas consagrados. A curadoria só tem recebido elogios.
Com alguns filmes interessantes, a mostra latina parece ter perdido um pouco de força nos últimos anos, especialmente neste, em que poucos representantes das produções dos países vizinhos vieram a Gramado. Fala-se menos "portunhol" nas charmosas ruas da cidade da Serra gaúcha neste inverno.
Assim, depois de os realizadores gaúchos terem feito bastante movimento em Gramado no primeiro fim de semana, no decorrer dos dias todos os holofotes estão voltados para as produções nacionais. Antes de o evento começar, já havia muita expectativa com os longas: o primeiro deles de um diretor sempre premiado no evento, porém feito para uma nova plataforma; outros três exibidos nos maiores festivais internacionais de cinema; coproduções com a Argentina - uma delas com diretor hermano; dois atores famosos agora na direção; e o retorno de um gaúcho à competição.
No entanto, o início da corrida decepcionou. Marcelo Galvão levou melhor filme em Gramado em 2012 com Colegas e, depois, melhor direção em 2014 por A despedida. Neste ano, o cineasta veio com um título bem diverso para a sua filmografia: O matador, um faroeste. Primeiro longa original Netflix produzido no Brasil, marca a entrada do diretor no cinema de gênero. Fã de bang-bang italiano, rodar um filme de ação desse tipo era um sonho antigo seu e foi um desafio realizá-lo em uma megaprodução: rodado no sertão nordestino, com grande elenco, figurinos e locações, além de efeitos de edição. Sem data exata, o longa entra na plataforma de streaming ainda neste ano.
Exibido na mostra Panorama do último Festival de Berlim, Como nossos pais, de Laís Bodanzky, repetiu em Gramado a ótima repercussão que o filme já tinha, abordando a força feminina. Protagonizado por Maria Ribeiro e Clarisse Abujamra, discute os vários papéis da mulher na sociedade brasileira. O título é um dos francos favoritos ao Kikito.
De forma surpreendente, outra aposta ao troféu despontou já na sessão concorrente seguinte. Atemporal e sem geografia definida, As duas Irenes mexe também com o tema do machismo, como se fosse um "spoiler" do empoderamento feminino que vivemos na geração atual. Integrante da Mostra Generation de Berlim em 2017, a obra cheia de meandros do diretor goiano Fabio Meira mostra uma menina de 13 anos que descobre que o pai tem uma segunda família, com uma filha de sua mesma idade e também chamada Irene.
Meira tem formação audiovisual em Cuba, onde fez uma oficina com Gabriel García Márquez, em 2008, na qual surgiu o argumento do filme. O cineasta trabalha na produção com atores reconhecidos da televisão (Marco Ricca e Susana Ribeiro), duas atrizes consagradas do teatro, Inês Peixoto e Teuda Bara (Grupo Galpão), e jovens iniciantes no cinema.
Paulo Betti, Eliane Giardini e Lauro Escorel são os autores do quarto título concorrente, A fera na selva, exibido na noite de ontem. Na trama, um homem e uma mulher se reencontram e constroem uma vigília por um grande acontecimento. A atração de hoje é a coprodução Brasil-Argentina Pela janela, de Caroline Leone. Premiado em Roterdã, na Holanda, o filme tem como protagonista Rosália, uma operária que dedicou a vida ao trabalho em uma fábrica e é demitida.
Carlos Gerbase exibe amanhã seu sétimo longa, o aguardado Bio. A ficção é um falso documentário em que os personagens relembram um homem que viveu mais de 100 anos, porém em nenhum momento ele é mostrado ou seu nome mencionado. No encerramento, na sexta-feira, outra coprodução, mas esta do cineasta argentino Kris Niklison. Vergel traz Camila Morgado vivendo um luto que a leva à beira da loucura.
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