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- Publicada em 16 de Agosto de 2017 às 19:04

Portos movimentam 4,7% mais cargas até junho

Na modalidade de exportação FOB, o modal marítimo responde por 81% do total brasileiro em dólares e por 98% do peso líquido transportado

Na modalidade de exportação FOB, o modal marítimo responde por 81% do total brasileiro em dólares e por 98% do peso líquido transportado


IVAN BUENO/IVAN BUENO/APPA/DIVULGAÇÃO/JC
 No primeiro semestre de 2017 o setor portuário brasileiro movimentou 517,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento ocorreu nos terminais privados, que movimentaram 343,04 milhões de toneladas, 7,89% maior do que no primeiro semestre do ano passado. Já os portos públicos organizados movimentaram 174,46 milhões de toneladas, o que representou um decréscimo de 1,04%.
 No primeiro semestre de 2017 o setor portuário brasileiro movimentou 517,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento ocorreu nos terminais privados, que movimentaram 343,04 milhões de toneladas, 7,89% maior do que no primeiro semestre do ano passado. Já os portos públicos organizados movimentaram 174,46 milhões de toneladas, o que representou um decréscimo de 1,04%.
Os dados foram apresentados pelo diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2017), no Rio de Janeiro. Tokarski participou do painel Portos, transportes e logística: contribuição para a redução de custo e a retomada do crescimento.
Ele destacou que o principal crescimento ocorreu na área de granéis sólidos, com 332,9 milhões de toneladas movimentadas, aumento de 5,9%. Outro aumento significativo ocorreu nas cargas gerais soltas, com 12,6% de incremento, chegando a 27 milhões de toneladas movimentados no semestre. Segundo Tokarski, as commodities continuam sendo as principais mercadorias embarcadas.
"Na exportação FOB (na qual o exportador é responsável pelos custos de transporte e seguro da carga somente até que esta seja embarcada no navio), a parte de navegação e exportação marítima são 81% (do total do Brasil em dólares). Em peso líquido são 98,56%, porque é muito minério, muita soja e muito milho. É bom, mas seria melhor se tivesse mais produto com maior valor agregado".
Na importação, segundo os dados apresentados pelo diretor da Antaq, a navegação marítima responde por 71% do valor em dólar e 88,82% do peso líquido. Até o fim do ano, a projeção da Antaq é movimentar 1,033 bilhão de toneladas nos portos, um crescimento de 3,23% em relação a 2016.
Em outro painel do Enaex, o gerente de Regulação e Transporte Multimodal de Cargas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Tito Lívio Silva, destacou que no Índice de Desempenho Logístico Internacional, elaborado pelo Banco Mundial, o Brasil passou da posição 61 em 2007 para 55 em 2016, enquanto no quesito infraestrutura o País saiu do número 49 para 41 no ranking.
"Houve uma evolução nos últimos 10 anos em termos de desempenho logístico e de infraestrutura, mas é necessário acelerar essa melhoria. Esse índice calcula também questões aduaneiras, serviços logísticos, rastreamento de cargas. Então é um índice bem interessante, porque não podemos ter análises descasadas em termos de questões operacionais".
Silva destacou que o transporte rodoviário reponde por 65% da matriz de transporte de carga em toneladas por quilômetro úteis (TKU) e o ferroviário, 15%. "Comparativamente, nos Estados Unidos nós temos uma participação de 43% no modo rodoviário e o ferroviário representa 32% do deslocamento em termos de TKU. Esse desbalanceamento da matriz de transporte nos mostra a necessidade de fazer essa adequação, não que o modo rodoviário deva ser evitado em todos os casos, depende das características da carga e do tempo".
Ele defendeu a melhoria na integração multimodal para melhor adequar o transporte de acordo com as necessidades de cada mercadoria. Silva informou que o País tem 21 trechos de rodovias concedidas, em um total aproximado de 10 mil quilômetros, e a agência está elaborando relatório dos projetos de concessão de dois trechos: BR-364/365 entre Goiás e Minas Gerais e BR-101/290/386/448 em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outro trecho da BR-101, um da BR-040 e dois da BR-116 estão com a concessão em análise.
 

Dragagem amplia calado do porto do Rio de Janeiro para 14,3 metros

Obras feitas vão permitir a competição do porto carioca com Santos

Obras feitas vão permitir a competição do porto carioca com Santos


TÂNIA RÊGO/TÂNIA RÊGO/ABR/JC
Após obras de dragagem no canal de acesso, o porto do Rio de Janeiro está preparado para receber navios maiores. A expectativa é de que, a partir de outubro, o terminal receba embarcações com calado maior e, assim, possa competir com outros terminais do País, como Santos.
Luiz Henrique Carneiro, presidente do Sindicato dos Operadores Portuários e diretor-presidente da MultiRio, terminal de contêineres no porto do Rio, e da MultiCar, do grupo Multiterminais, explicou que a transição para receber navios de maior porte será feita de forma progressiva, com a realização de manobras experimentais.
Hoje, só é possível manobrar navios com no máximo 13 metros de calado, 300 metros de comprimento e 42 metros de largura. Após a dragagem, será possível receber navios de até 340 metros de comprimento, 48,5 metros de largura e 14,3 metros de calado, capacidade equivalente à dos maiores portos europeus.
"Com isso, empresas do estado do Rio e de Minas poderão exportar agora pelo porto do Rio para Ásia e Europa, reduzindo seus custos. Acredito que esses navios maiores devem começar a chegar no final de outubro", destacou Carneiro.
A melhora na infraestrutura do porto do Rio pode beneficiá-lo, já que o terminal com maior movimentação de carga no Brasil, o de Santos, enfrenta problemas de dragagem. Entre abril e setembro, Santos sofre com o assoreamento provocado por questões climáticas. O fenômeno é típico dessa época do ano e coincide com o período de maior movimentação de cargas devido à safra de grãos.
Por isso, desde julho, há restrições para navios com calado superior a 12,6 metros. Diante desse obstáculo, empresas como a Maersk Line desviaram a rota para deixar o navio "mais leve" e, assim, conseguir atravessar a barreira do porto de Santos. Como o Rio ainda não recebe embarcações maiores, a escolha foi o Porto de Itaguaí, também no estado do Rio.